domingo, 20 de maio de 2012

Juiz e réu, um encontro extra-autos

Jorge Adelar Finatto* Era quase meia-noite quando saí do consultório do dentista. Tinha viajado cerca de 500 quilômetros até Porto Alegre. Cheguei e fui direto para a consulta. Na época, 1996, jurisdicionava a vara criminal da comarca de Santo Ângelo, na Região das Missões do Rio Grande do Sul, perto da Argentina. Os compromissos e a grande distância da capital faziam raras essas viagens. O meu carro estava no estacionamento de um posto de gasolina, do outro lado da rua. Era preciso encher o tanque. Havia apenas um funcionário àquela hora tardia e ele veio me atender. Enquanto o veículo abastecia, ele se aproximou e disse que me conhecia. Ah, sim?, de onde - perguntei-lhe. - O senhor é o juiz que me julgou e me condenou no processo criminal em que fui réu. Era tarde, uma noite fria de agosto, quase ninguém na rua. Eu não sabia o rumo que aquela conversa ia tomar. Não recordava daquele rosto, por mais que me esforçasse. O homem falava pausadamente. Não sabia o que dizer, então falei: - Mas então, como vai a vida? Vejo que estás trabalhando, isso é muito bom. Impassível, ele limpava o vidro dianteiro. Continuou: - Eu andava perdido, tinha problema com drogas, vieram os furtos. O senhor não se lembra de mim. Sabe por que eu não esqueci? Porque me tratou com respeito nas audiências, durante todo o processo. Me tratou com educação. Quando alguém começou a me agredir com palavras, mandou que ficassem calmos. Nunca vou esquecer. Depois, paguei a gasolina, agradeci o serviço, desejei-lhe sucesso na vida e fui embora. Este fato me impressionou pelo tipo de percepção que revela. O que mais marcou aquele indivíduo não foi tanto a condenação (talvez esperasse o resultado), mas a maneira como foi tratado no ambiente judicial. A instrução de processos criminais costuma ser difícil e especialmente dolorosa para as vítimas. O processo é instrumento de realização de justiça e, portanto, de humanização da sociedade. Nele não pode haver espaço para vingança, humilhação e maus-tratos. O que se busca é a aplicação da lei e dos princípios que movem o Direito, visando restaurar a ordem jurídica. Nesse sentido, o respeito entre todos os envolvidos na relação processual é fundamental. Para muitos dos que chegam ao Judiciário na condição de réus, em ações penais, a sala de audiência é a escola que faltou lá atrás, infelizmente. O dever mínimo do estado, em tal situação, é garantir um tratamento digno às pessoas, respeitando cada uma nas suas intransferíveis circunstâncias. O modo como nos tratamos uns aos outros define o tipo de sociedade em que queremos viver e o país que estamos construindo. O fato de sentir-se respeitado durante o andamento do processo talvez tenha contribuído para aquele homem refletir e mudar seu comportamento. É o que espero, do fundo do coração. Fonte: http://magrs.net/?p=25353

terça-feira, 15 de maio de 2012

É Fato!

-Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afimar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada. Ayn Rand(1905-1982)

Julio Severo: Forças armadas americanas desenvolvem chips espiõe...

Governo americano alega apenas querer benefícios de “saúde” com os nanosensores

Bob Unruh
As forças armadas americanas querem implantar nanosensores nos soldados para monitorar sua saúde em futuros campos de batalha e responder imediatamente às suas necessidades, mas especialistas em privacidade alertam que o avanço é apenas mais um passo no caminho que levará à obrigatoriedade de chips para todos os cidadãos.
Chip
“Nunca será o caso de o governo lhe apontar uma arma e dizer: ‘Você vai usar um chip de rastreamento’”, disse Katherine Albrecht, coautora, junto com Liz McIntyre, de “Spychips” (Chips Espiões), um livro que alerta para a ameaça à privacidade representada pela RFID, ou identificação de radiofrequência.
“Sempre são passos gradativos. Se você colocar em uma pessoa um microchip que não a rastreia... todos dirão, ‘Ah vá’”, disse ela. “Será interessante ver aonde isso vai chegar”.
De acordo com repertagem da Mobiledia, a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa (conhecida pela sigla em inglês DARPA) confirmou planos de criar nanosensores para monitorar a saúde de soldados nos campos de batalha.
Os dispositivos também permitiriam informar dados aos médicos. Mas analistas de privacidade manifestaram a preocupação de que os implantes pudessem ser usados não apenas para monitorar a saúde, mas também para monitorar e possivelmente controlar as pessoas.
A DARPA descreve a tecnologia na qual está trabalhando como “uma inovação realmente prejudicial”, que iria diagnosticar e monitorar sinais vitais e “até liberar medicamentos na corrente sanguínea”.
De acordo com a LiveScience.com, “Resolver o problema das doenças poderia ter um impacto enorme no número de soldados prontos para lutar, porque, historicamente, um número muito maior morreu de doenças do que em combate”.
O relatório sugeriu que para as forças especiais, “a concretização prática de nanosensores capazes de monitorar múltiplos indicadores de estado fisiológico poderia ser uma inovação realmente prejudicial”.
O conceito de nanosensores capazes de diagnosticar doenças já está sendo pesquisado.
A DARPA espera lançar um segundo esforço focado em tratamentos ainda este ano.
Albrecht disse que a ação é outro passo no caminho de ter chips implantados em todas as pessoas, que poderiam muito bem monitorar a saúde, mas também outras áreas da vida.
Os microchips, diz ela, já são comuns em animais estimação em várias partes do país, e que a sua aceitação tornará mais fácil para exigir o mesmo para pessoas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Para meditar!

Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão. O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima. O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma". O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades." O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa." O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas. O diretor perguntou, "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu." O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã." O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho. O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água. Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe. Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo. Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor. O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?" O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram." O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste." O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar." O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado." Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente. Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vai sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho? Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a grama, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs.Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas. Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim? O valor de nossos pais... Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li...leitura obrigatória para pais e filhos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Quinto dos Infernos,

Por Enzo Buonfiglio! O QUINTO DOS INFERNOS!!! Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim. A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos... Para quê? Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "Diretores"? A festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos Poderes ?!? Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa! E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...! Não deixem de repassar... desta maneira contribuindo para relembrarem parte da História do Brasil.