Parece que nós, seres humanos, temos a tendência de complicar o fácil e dificultar o simples.
É impressionante observar como dispensamos um grande esforço para realizar tarefas simples e descomplicadas.
Na verdade, imaginamos que quando a coisa está muito simples há de se desconfiar, pois algo deve estar errado: “não pode ser assim tão simples...”.
Dessa forma complicamos nosso dia-a-dia, percorrendo sempre o caminho mais longo e difícil, pois apostamos que esse deve ser o melhor caminho.
Isso é um aprendizado. Ouvimos diversas vezes durante nossa vida, de nossos progenitores, líderes e educadores a frase: “a vida não é assim tão fácil”, “as coisas não são tão simples quanto parecem”, “sem esforço não chegamos a lugar nenhum” e assim por diante. São frases que contém verdades, mas devemos cuidar na aplicação das mesmas, pois caímos no risco das generalizações. É como no estudo da neurolinguística. A forma como usamos as frases irá nos trazer aprendizados, sejam eles negativos ou positivos.
Atualmente temos complicado pra valer o Evangelho. Diversos líderes evangélicos por aí (pastores, apóstolos, bispos – na verdade, reis soberanos) tem cometido o desfavor de dificultar o caminho dos fiéis criando regras e leis sem as quais “não há garantia de céu/salvação”.
No entanto, Jesus veio, viveu fora do sistema religioso, combatendo inclusive as atitudes contra-evangelho e sintetizou toda a lei em uma pequena frase: “Amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a você mesmo”.
Aí veio a igreja (mais constantiniana do que cristã) e disse: “olha, o negócio não é assim tão simples quanto parece... tem que haver esforço, tem que se pagar o preço...”. E dessa forma criou uma quantidade imensa de regras e uma quantidade maior ainda de receitas para alcançarmos à redenção, para vivermos uma “vida plena”.
Complicou-se o fácil e criou-se algo difícil e penoso.
Nesse contexto surgiram as mais diversas teologias, que de TEO/DEUS nada tem mas sim de ANTRO/HOMEM. Inicia-se então, desenfreadamente, a base de troca com Deus, onde tudo passa a ser adquirido ou ganhado/recebido através do esforço humano. Deus é apenas um fantoche, o importante mesmo, nesta corrente de pensamento, é o homem.
Humanizou-se o Evangelho, ou seja, o evangelho começou a ser visto como uma ferramenta que deve levar o homem a felicidade, e nesse caminho, Deus é o funcionário que trabalha 24h por dia para propiciar a felicidade do homem, afinal ELE é pai e tem como obrigação fazer o melhor pelos seus filhos...
Viramos Cristãos Humanistas. Alias, facilmente encontramos pessoas que interrogadas sobre por que aceitaram Jesus como Salvador darão a resposta: “bom, primeiro porque quero ir pro céu, oras... e também porque quero viver uma vida boa aqui na terra...”. No evangelho humanista tudo gira em torno do homem, tudo tem como finalidade a felicidade do homem.
Nossas motivações estão erradas, nosso caminho está complicado. Por que?? Porque, infelizmente, a maioria de nós, ditos cristãos, lotamos os templos atrás da solução de nossas próprias necessidades e também na constante busca da felicidade. Queremos as bênçãos e os presentes, mas não queremos Deus. Não entendemos o significado da CRUZ.
Dessa forma utilizamos grande parte do nosso potencial em esforços sobrenaturais para alcançar as bênçãos divinas, as promessas de sucesso, a sonhada prosperidade, o carro novo, a casa nova, a riqueza material, o cargo com mais autoridade e assim por diante.
Assim, complicamos a simplicidade do evangelho e impomos pesados fardos as nossas costas como se isso nos ajudasse a obter o céu.
E assim a religião continua, a passos largos, dificultado nossas vidas...
Por isso, enquanto há tempo, FUJA DA RELIGIÃO, e VIVA O EVANGELHO SIMPLES E DESCOMPLICADO.
NELE, que é Soberano e Descomplicado,
Fonte: http://theopimenta1.blogspot.com/
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