segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Consumidor pode exigir teste de qualidade de combustíve

Clipping de outros veículos - Combustíveis
Mais interessados nos preços, muitos consumidores acabam deixando de lado a preocupação com a qualidade do combustível que adquire. Mais: a maioria não sabe que pode exigir dos postos a realização de testes de qualidade, como o “teste de proveta”, que detecta impurezas no combustível. Outro teste que pode ser exigido é o comprova que a bomba do posto está regulada, ou seja, que ao pagar 1 litro de combustível, o consumir receberá, em seu tanque, exatos 1000 ml.

O gerente comercial dos Postos Amazônia, Antonio João Higa, confirma que o consumidor não costuma nem mesmo prestar atenção no densímetro, equipamento instalado na bomba de álcool, facilmente visualizado. “Pouquíssimas pessoas olham o densímetro, muito menos pedem o teste de proveta. O consumidor tem que entender que é preciso fazer uso deste direito. O teste de qualidade é rápido e fácil de fazer. E todos os postos têm os medidores e aferidores para garantir segurança aos motoristas”, afirmou.

Segundo ele, quando um veículo está sendo abastecido, o álcool que está indo para o tanque passa antes pelo densímetro, para mostrar se há água no álcool. “Além disso, é importante verificar se o aparelho possui o selo do Inmetro e se não está com o lacre rompido”, alertou Higa.

Para testar a gasolina, todos os postos possuem uma proveta de 100 ml. São colocados 50 ml de gasolina e 50 ml de água. Como o álcool se separa da gasolina e se mistura à água, é possível verificar se a porcentagem de álcool está correta. Por regulamentação do governo, atualmente a gasolina possui 25% de álcool. Portanto, 50 ml de gasolina deve conter no máximo 12,5 ml de álcool.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso, Fernando Chaparro, a adulteração de combustível é um problema sério, que deve ser combatida através da fiscalização dos órgãos competentes e pelos próprios consumidores. “Esse combate precisa ser cotidiano, pois infelizmente ainda existem maus empresários, que são a imensa minoria, mas que tentam enganar os consumidores”, afirmou.

O combustível adulterado não só aumenta a emissão de poluentes que prejudicam a saúde, como também causa danos ao motor dos veículos. Poucos são os consumidores que desconhecem situações em que o carro “engasga”, ou tem os bicos injetores entupidos que acarretam perda de potência e aumento do consumo. A mistura irregular também significa sonegação de impostos.

O pecuarista José Valdevino afirma que já foi vítima de gasolina adulterada. “Nunca me preocupei com a qualidade. Um dia meu falhou na estrada. Com muita dificuldade consegui chegar ao meu destino. A partir dai tomei a decisão de abastecer em apenas um posto para que, caso ocorresse outra falha daquelas, eu teria como denunciar sem dúvidas”, afirma o consumidor. Perguntado sobre o motivo que não pediu o teste de qualidade, o pecuarista respondeu: “A gente sempre anda com pressa”.

Assim como José Valdevino, o corretor de seguros, Kleber Pereira da Silva, também nunca teve a curiosidade de solicitar a checagem da qualidade do combustível. “Já desconfiei algumas vezes da qualidade do combustível, mas a correria do dia-a-dia não nos permite perdeu nem dois minutos”, diz o corretor de seguros.

“Tem que denunciar”
A Agência Nacional do Petróleo regularmente coleta amostras de postos de combustível de todo o país para análise da qualidade. De acordo com os resultados, são identificadas as regiões que apresentam mais problemas e feita uma escala para fiscalização mais intensa desses locais.

“Mas a fiscalização será mais eficaz através de denúncias dos consumidores. Quem desconfiar de algo deve pedir para o responsável pelo posto fazer a análise na sua frente”, aconselha o gerente comercial dos Postos Vip’s, João Paulo Emboava. “E se constatar alguma inconformidade, deve denunciar”, completa Emboava.

Ele ressalta que o consumidor também deve ficar atento ao volume de combustível adquirido. “Todos os postos possuem um balde aferidor de 20 litros para que o consumidor verifique se a bomba está realmente marcando o que é introduzido no veículo. Acredito que a maioria dos postos vendem respeitando o cliente, mas as adulterações são uma realidade que não deve ser descartada”, diz Emboava.
A ANP disponibiliza o 0800 900 267 para receber todo tipo de reclamação. A ligação é gratuita


Fonte: Olhar Direto

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