quinta-feira, 30 de junho de 2011

RELIGIÃO TEM QUE VENDER SE POSSÍVEL, CARO!!!

A sociedade hodierna materializou a fé a ponto de transformá-la num grande negócio, ou no melhor negócio do mercado aberto de capitais. A fé transformou-se na mercadoria mais rentável do mercado financeiro. Imagine uma aplicação que rende, no mínimo 10% para a entidade? Imagine-se na sua empresa os lucros líquidos chegando a estes patamares… Não é a toa que as “EMPREJAS S/A” estão se transformando em entidades de sucesso, muitas com conglomerados de dar inveja a magnatas do meio comercial moderno. Abrir uma igreja, manter uma denominação, criar entidades religiosas hoje é, seguramente, uma atividade sem risco, rentável e segura, pois o avalista é “DEUS”. É isto mesmo, todo que se faz no mercado da fé hoje, segundo as lideranças, possui a aprovação do “SENHOR” e precisam ser mantidas com as ofertas e doações dos fiéis, lógico, porque os que comandam estas “EMPREJAS S/A” jamais colocam a mão no bolso para socorrer alguém. Fazem milagres sim, mas com o dinheiro e com o sofrimento dos que entregam até o que não podem para sustentar impérios religiosos.
Hoje a religião transformou-se num produto de “PROMOÇÃO” onde quem oferece mais vantagens sai lucrando, quem oferece os produtos mais sofisticados para as curas dos “MALES DO BOLSO” são os que mais conquistam o mercado e, por conseguinte adesões às suas doutrinas. A cada instante surge uma nova marca, as divisões dentro dos segmentos são constantes, as brigas por espaço, por ganhos e por forças são vergonhosas.
Da “RELIGIÃO DO CONSUMO” moderna não escapa nem o “CONSUMO DA RELIGIÃO”, apresentada como um remédio miraculoso, capaz de aliviar dores e angústias, garantir prosperidade e alegria. Enquanto isso, ele – o mundo e seus habitantes – tem fome e não lhe dão de comer, no máximo oferecem uma benção financiada por um boleto bancário, por um cartão de crédito ou até por um cheque apocalíptico… Hum!!! Acho que vai voltar!!! No comércio as mercadorias existem para suprir as necessidade do ser humano na sua existência, no “COMÉRCIO DA FÉ” as mercadorias existem, primeiro, para sustentar mordomias, entidade, denominações e depois para atender a frustrações, deficiências e falta de conhecimento. Oferece-se um “OBJETO” qualquer ao sujeito dizendo que aquilo é “AGENTE DE BENÇÃOS” de Deus, o camarada, fraco na fé, no emocional e principalmente no conhecimento das Escrituras, acredita na “MANDINGA”, adquire a preço módico o tal amuleto e vai feliz para a casa achando que o seu “DEUS” está contido naquela peça.
De uma situação no passado onde o “MISTICISMO” era coisa apenas de pessoas descomprometidas com Deus, passamos hoje a vermos as entidades rotuladas de “IGREJA” adotando, em larga escala, as mesmas técnicas no afã de conquistarem adeptos e com estes aumentarem seus lucros, que são escandalosos. Diante de uma situação no passado não muito distante em que as pessoas iam buscar nas “BENZEDEIRAS” uma solução para os seus problemas através de uma “ÁGUA BENTA”, uma “ORAÇÃO”, ou um “GALHO DE ARRUDA”, passamos para uma religiosidade “TECNOCÊNTRICA”, de serviços gerais, onde a “RELIGIÃO” vai em busca do indivíduo oferecendo a ele uma gama de produtos atraentes, que na maioria das vezes são produtos nocivos à fé e à moral. A religião moderna, e principalmente o ramo evangélico, passou a se orientar não mais a partir do “SAGRADO”, pois este já não redunda em rentabilidade da forma como querem as lideranças e as denominações, o segmento evangélico passou a ser regido pelas “LEI DE MERCADO”, as “LEIS DE DEUS” não interessam mais. Oferta e demanda se tornaram imperativos, são prioridades nas agendas e nos discursos de cada entidade, de cada líder ou entidade.
Chip Heath, na revista “ÉPOCA” desta semana – pg 75 – faz uma declaração um tanto perturbadora para que cultiva a seriedade religiosa, para quem tem a vida espiritual como objetivo e não como um passatempo, ele diz que “EMOCIONAR FUNCIONA MELHOR QUE INFORMAR”. Diz mais, “QUER QUE OS OUTROS COMPRE SUAS IDÉIAS? APRENDA A APELAR PARA AS EMOÇÕES”. É assim que funciona o mercado da fé hoje, as pessoas são manipuladas nos seus sentimentos, e o sujeito, sabendo que as emoções falam mais alto, aplica toda a técnica disponível no mercado para convencer a vítima de que o caminho para o céu e para a eternidade precisa passar por uma série de rituais, de concessões, de entrega de tudo numa negociata descarada com Deus e vai por ai afora. O pregadores – leia-se enganadores ou espertalhões – usam do que há de melhor em termos de convencimento, a Bíblia é usada como bandeira onde os textos são escolhido, violados, adulterados, adaptados para que o povoa acredite no que está ouvindo e se convença das mentiras ali inseridas.
O Bispo e Pai de Santo Edir Macedo disse que o sacrifício é como uma mercadoria de uma loja, para adquiri-la é preciso pagar por seu valor, segundo ele, você precisa manter o seu sentimento de fidelidade a Deus – LEIA-SE IURD/EDIR MACEDO – para que a sua benção seja completa.
Hoje há um “SUPERMERCADO DA FÉ” em cada esquina, cada qual com suas faixas e cartazes promocionais, muitas utilizam os meios de comunicação para conquistar, em massa, e lucrar no atacado. Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em “PROMOÇÃO”, com descontos e sem exigências, sem compromissos e há os que “COBRAM” caro demais, com exigências radicais.
A religião moderna tem que vender, seja lá o que for, o negócio é não perder rendimentos nas aplicações. Como um produto “SUBSIDIADO POR DEUS”, manipulado nos laboratórios dos “HOMENS”, seres incapazes de apreciar “QUALIDADES” e de reproduzir o amor, cegos que se encontram em possessão compram o que aparece nas feiras livres da religião.
Falsos profetas, manipuladores de mentes, falsificadores dos ensinamentos Bíblicos, confundindo e induzindo pensamentos menos informados, mentes aflitas procurando apoio espiritual frente às lutas da vida induzem estas pessoas a fazerem qualquer negocio para se livrarem de seus males. Pessoas inocentes, que estão condicionadas por serem menos favorecidas e desprovidas de qualidade de vida digna,estão sendo exploradas por espertalhões.
Ludibriar ao próximo, transformando a religião em mercadoria, algo como um pacote fechado, um “KIT SALVAÇÃO”, com preço, é extremamente absurdo, vergonhoso, deplorável. Deus agora virou produto, a religião moderna não sabe lidar com o “SAGRADO” sem que haja intermediários para azeitar as negociações. Se não tiver um destes “ILUSIONISTAS” para fazer a “MÁGICA” da benção, não funciona.
Tudo tem um valor nesse segmento religioso capitalista imperante, pedem condizentes com a realidade, uma gratificação, um dizimo, uma oferenda divina, um preço em dinheiro em troca da benção, pois a salvação não é sequer mencionada no negócio. Distorcem a interpretação da Bíblia a tal ponto de terem argumentos para pedirem dinheiro. Enriquecem seus negócios a custa do povo, imaginam-se possuidores de um cobiçado poder, o do “ELO DE LIGAÇÃO ENTRE NÓS E DEUS”, quando na verdade não passam corruptos, sanguinários e filhos da podridão do espírito.
Portanto, se você faz parte deste moderno segmento religioso, onde a exploração é a razão da existência do mesmo, fique atento, pois o elo de ligação entre você e Deus – o seu líder – está usando as suas deficiências, as suas ansiedades e as suas frustrações para construir o seu império ao qual ele dá o nome convencedor de “IGREJA”.
Fonte: Carlos Roberto Martins de Souza

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