domingo, 27 de fevereiro de 2011

Você quer ser curado?

Referência: João 5.1-14

INTRODUÇÃO

No meio da festa tem uma multidão sofrendo = Jesus foi para uma festa em Jerusalém. Mas enquanto o povo se alegrava ele foi ao Tanque de Betesda “Casa de Misericórdia” onde havia uma multidão de gente sofrendo. Ali havia gente deformada, amassada emocionalmente, com o coração sangrando por feridas ainda abertas. Hoje, neste culto de celebração tem também muitas pessoas sofrendo, gente ferida, gente enferma no corpo e na alma. Jesus se importa com você. Jesus também visita a sua Casa de Misericórdia.

No meio do sofrimento tem gente esperando por uma cura = Ali no Tanque de Betesda um anjo descia e movia a água e o primeiro que saltava no tanque era curado. Todos estavam ali na esperança de dar o mergulho da cura. Mas, um dia Jesus foi esse lugar e uma cura maravilhosa aconteceu. Jesus está visitando a sua Bestesda também nesta noite.

No meio de tantos gemidos ecoa-se uma retumbante pergunta = Quando Jesus viu aquele homem enfermo há 38 anos, fez-lhe uma pergunta: “Você quer ser curado?” Esta mesma pergunta é feita a você nesta noite: “Você quer ser curado?” Você que já tem esperado tanto tempo, você quer ser curado? Você que já tem buscado solução para a sua vida em tantas outras alternativas, você quer ser curado? Você que já viu tanta gente ser curada à sua volta e ainda está doente, você quer ser curado? Você que já não tem mais forças para caminhar na direção da sua cura, você quer ser curado?

I. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE O MÉDICO DOS MÉDICOS ESTÁ INTERESSADO NA SUA VIDA – V. 5-6

1.Seu divino conhecimento – v. 6

Jesus distinguiu esse enfermo no meio da multidão. Aquele homem era a maquete da desesperança. Ele já não tinha mais sonhos para sonhar. Sua causa estava totalmente perdida. Não foi ele quem viu a Jesus, mas foi Jesus quem o viu. Jesus viu o seu passado, a sua condição e o seu futuro. Jesus viu que a causa da sua tragédia era o pecado da sua juventude. Jesus viu que ele estava colhendo o que havia plantado.

Jesus viu uma triste história de pecado (v. 14). Aquele homem não estava apenas preso à sua cama, mas também ao seu passado, à suas memórias amargas, à sua culpa.

Jesus olhou para a mulher samaritana e viu que ela estava vivendo em adultério. Jesus viu Zaqueu na árvore e viu que havia sede de Deus no seu coração. Jesus viu o amor às riquezas no coração do jovem rico. Viu falsidade no beijo de Judas Iscariotes.

Jesus também está vendo a sua vida. Ele vê a sua alma. Ele sonda o seu coração. Ele sabe qual é a sua doença. Nada pode ficar oculto aos olhos dele. Caim tentou fugir de Deus. Acã tentou encobrir o seu roubo. Davi tentou esconder o seu adultério. Mas o Senhor estava vendo. Jesus conhece os segredos do seu coração. Jesus sabia que aquele homem estava enfermo há 38 anos. Sabia a causa do seu sofrimento. Jesus conhece a sua dor, a sua angústia, o seu vazio, a sua crise. Ele tem nas mãos o diagnóstico da sua vida.

2.Sua divina compaixão – v. 6

A doença desse homem era uma causa perdida = Por isso, Jesus foi ao encontro dele. Jesus tomou a iniciativa. Jesus o abordou. Jesus abriu para ele a porta da esperança. Jesus sentiu sua dor, seu drama. Talvez você já não tenha mais forças para clamar. Talvez você já desistiu de esperar uma cura. Talvez até aqui você só tem encontrado imcompreensões e luta sozinho para uma cura que não acontece. Mas Jesus está aqui. Ele se importa com você e se compadece de você.

Quando os nossos recursos acabam, somos fortes candidados para um milagre de Jesus – v. 7-8 = Aquele homem estava só. Não tinha ninguém por ele. Não tinha saúde. Não tinha paz. A solidão era a marca da sua vida. Ele havia chegado ao fim da linha, ao fundo do poço. Mas quando se viu desamparado, Jesus lhe estendeu a mão.

a)Se você se sente só, Jesus está perto de você. Ele pode preencher o vazio da sua alma. Todos o abandonam. Todos o acusam. Todos o discriminam, mas Jesus investe em você.

b)Se você se sente desamparado, Jesus levanta você. Jesus põe você de pé. Você caiu, fracassou, não tem forças para se levantar. As pessoas lhe rejeitaram. Mas Jesus ama você e toma você pela mão e lhe dá dignidade para continuar a viver.

c)Se você se sente desencorajado,, Jesus acende uma chama de esperança no seu coração. Jesus gera expectativa no seu coração: “Você quer ser curado?”

d)Se você se sente manco, aleijado, deformado em seus sentimentos, Jesus cura você. Ele limpa a sua vida. Ele restaura o seu nome. Ele perdoa você.

e)Se você se sente fraco, derrotado e já tentou várias vezes e fracassou, Jesus restaura você. Jesus cura você. Levanta você. Restaura você e o devolve à sua família com dignidade!

II. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE JESUS DIAGNOSTICA METICULOSAMENTE A SUA DOENÇA – V. 5-7

1.Aprendendo a reconhecer nossas próprias doenças – v. 5-6

Para você ser curado, você precisa entender qual é o seu problema. Você precisa identificar as áreas da sua vida que precisam de cura. Muitas pessoas não querem se apresentar como fracas. Querem fazer de conta que não existe nada. Mas todos nós somos feridos. Temos feridas emocionais. Ninguém vem de uma família perfeita. Todos nós temos feridas que precisam ser curadas: na área da família, dos relacionamentos, das perdas significativas.

Feridas emocionais quando não saram de forma apropriada, são como as feridas físicas. São como farpas no coração, se não forem tiradas produzem “pus emocional”. Tem muita gente que tem medo de tirar as farpas. Tem medo de enfrentar a doença. Tem medo de voltar ao passado. Mas as cicatrizes da cura são cicatrizes de vitória – como as cicatrizes das mãos e dos pés de Jesus.

Aquele enfermo precisava lidar com os dramas da sua consciência (pecado v. 14), abandono da família, solidão, amargura, rejeição. Disse ele; “Eu não tenho ninguém.” Quais são as suas doenças que precisam ser curadas: mágoas, rejeição, abuso sexual, ingratidão, falta de perdão, soltar o passado, sarar perdas importantes (luto, divórcio), culpa?

Passos necessários para a cura: 1) Admita que você foi ferido e que há uma ferida no seu coração; 2) Identifique a ferida; 3) Perdoe as pessoas envolvidas nas suas feridas; 4) Entregue agora sua causa a Jesus.

Jesus sabia qual era a doença daquele homem. Jesus queria curá-lo, mas antes de fazê-lo Jesus o fez consciente da sua doença.

2.Aprendendo a remover as farpas do coração – v. 7

Quando Jesus perguntou ao homem do tanque de Betesda se ele queria ser curado, este homem lhe respondeu com uma desculpa: “Sim, mas…” (v. 7). Ele poderia ter dito simplesmente sim ou não. Se a cura traz tantos benefícios, por que as pessoas apresentam tantas tantas descupas para serem curadas? Existem muitas razões:

2.1.Eu não tenho ninguém. Sou vítima do esquecimento, abandono e ingratidão da família e dos amigos – Aquele homem de Bestesda despeja a sua mágoa diante de Jesus. Além de doente do corpo estava também com a alma enferma. Ele atribuia a sua falta de cura às pessoas. Os outros eram os responsáveis. Dizia ele: “Eu não fui curado porque não tenho ninguém que se interesse realmente por mim”.

2.2.Tenho medo. Será muito doloroso remexer o passado. O que passou, passou – O processo da cura dói. Muitas vezes significa olhar para trás e reparar danos, recordar experiências dolorosas: um abuso sexual, a falta de amor do pai ou da mãe, as cenas de violência, o abandono. Cada pessoa tem farpas que causam dor e para sarar é preciso recordar. Não adianta tapar uma ferida. É preciso limpá-la.

2.3.Perdoar? Mas eu fui a vítima!” – O perdão nos liberta, nos cura. A mágoa adoece. A falta de perdoa torna a vida um inferno. Quem não perdoa não tem paz. Quem não perdoa não ora, não adora, não é perdoado. Quem não perdoa adoece. Quem não perdoa é entregue aos verdugos. Não espere a pessoa que lhe feriu mudar. Perdoe essa pessoa. Fique livre!

2.4.Esquecer? Você está louco?” – Deus tem um lugar específico para colocar as nosssas lembranças: o mar do esquecimento (Mq 7:19). Esquecer não significa fazer de conta que nada aconteceu. Significa viver além do que aconteceu. Esquecer é não sofrer nem cobrar mais a dívida da pessoa que lhe feriu.

2.5.Você quer ser curado? – Deus nos chama para viver em sanidade e em santidade. A única diferença entre sanidade e santidade é um “T” que é um símbolo da cruz de Cristo. Se não sararmos, ainda que vamos para o céu (como aleijados emocionais), não viveremos tudo o que Deus tem para nós aqui na terra.

III. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE JESUS TEM O REMÉDIO CERTO PARA A SUA DOENÇA – V. 8

1.Uma pergunta maravilhosa – “Queres ser curado?”

Não importa quanto tempo você está sofrendo. A mulher hemorrágica sofreu 12 anos. A mulher encurvada andou 18 anos corcunda. Esse homem estava doente há 38 anos. Jesus viu um homem cego de nascença. Ele os curou a todos. Ele pode curar você também.

Não importa a causa do seu problema. Jesus é maior do que o seu problema. A sua doença pode ser incurável para os homens, mas não para Jesus. Ele é poderoso para curar você nesta noite. Exemplo: o endemoninhado Gadareno.

Não importa a gravidade do seu problema. 38 anos anos de sofrimento. Mas Jesus lhe pergunta: Queres ser curado? Lázaro – Já cheira mal. Mas Jesus ordena: Vem para fora!

Não importa as desastradas consequências do seu problema. Sua saúde acabou, seu nome foi para a lama, sua família está arrebentada. Jesus pode pegar os cacos e fazer tudo de novo. Ele transformou uma prostituta possessa, Maria Madalena e fez dela a primeira missionária da sua ressurreição.

Não importa o quão desesperançado você esteja. Disse o homem: “eu não tenho ninguém”. Mas Jesus está presente com você. Ele pode tudo. Ele é o Senhor das causas perdidas.

Não importa quantas tentativas fracassadas você já teve. Todo ano aquele homem via gente sendo curada e ele mofando em cima da cama. Mas agora Jesus o toma e o cura!

2.Uma ordem maravilhosa – “Levanta-te, toma o teu leito e anda”.

Jesus dá a ordem e dá o poder para você cumpri-la. A Palavra de Jesus tem poder. A natureza a obedece, os anjos, os demônios, as enfermidades. Ele tem toda autoridade no céu e na terra.

Ele disse ao homem da mão ressequida: estende a tua mão. O que era impossível aconteceu.

Jesus disse para Lázaro: Lázaro vem para fora e o morto o obedeceu!

Jesus está dizendo para você. Levante-se. Não fique mais prostrado. O libertador da sua vida chegou. Não ande mais como um derrotado. Não viva mais encurvado. A cura chegou. Coloque-se de pé de volte para a sua casa curado!

3.Um resultado maravilhoso – “Imediatamente o homem se viu curado…”

O milagre de Jesus é imediato, completo e público. A cura de Jesus não é parcial. Jesus não oferece meias soluções. Jesus não oferece paliativos. Ele não usa artifícios para enganar você. O mesmo Jesus que levantou aquele enfermo está aqui e pode perdoar você, curar você, salvar você e fazer de você uma pessoa completa, feliz e saudável física, emocional e espiritualmente.

CONCLUSÃO

Você quer ser curado? O médico dos médicos está entre nós. Ele é o Filho Deus. Ele conhece você. Ama você. Está intessado na sua vida e pode hoje curar você imediatamente, completamente!

Fonte: Hernandes Dias Lopes

As chantagens dos outros e os nossos medos

Eu gosto muito de tratar deste assunto, em meus escritos e palestras, porque sinto uma alegria enorme ao perceber que muita gente termina se libertando de um dos mais bestas sofrimentos que se instala nas pessoas, que é o sofrer por causa dos outros, principalmente parentes. Não foi atoa que eu escrevi o meu livro “Parente, uma praga na vida da gente”.
Há um grande equívoco em muitas pessoas ao entenderem o que, realmente, significa tolerância, compreensão, bondade e paciência.
Acham que esses valores se resumem apenas em ficar aí dando uma de bonzinho, tranquilinho e evoluidinho.
Tem muita gente sofrendo de graça, por este mundo afora. Em vários momentos, durante muito tempo, eu digo alguma coisa que nunca é demais repetir:
Muitas pessoas sofrem porque, de fato, recebem algum tipo de agressão ou pressão acima das suas capacidades de suportar; algumas outras sofrem porque não sabem administrar bem os motivos que lhes atingem, mas a grande maioria mesmo, sofre porque é besta.
Se eu estou diante de uma criatura qualquer, enfrentando problemas, me disponho a ajudar, esforço-me para ajudar e me empenho em ajudar, mas a praga não se dispõe a querer ser ajudada e nem faz o menor para se ajudar e deixar ser ajudada, por quais motivos eu entraria em processo de sofrimento, por causa da infeliz?
Se eu passo a sofrer, em situações como esta, que me desculpem aqueles que ficam nesse estado de sofrimento, mas estão sofrendo porque são bestas e são idiotas mesmo.
É isto mesmo e desta forma que quer dizer o Alamar, que alguns “evoluidinhos de araque” vivem a dizer que é agressivo.
Os remédios mais amargos são os que fazem melhores efeitos. Lembra da Benzetacil? Taí a seringa, ao lado, pra matar a saudade.
Muita gente se acha na obrigação de tolerar inferioridades dos outros, de se envolver nos problemas deles, nos desequilíbrios alheios e até nas agressões que os outros praticam.
Veja determinadas situações que eu tenho certeza de que muita gente que está lendo este escrito vai dizer: “Parece que o Alamar está falando comigo, cara a cara”.
Costumeiramente a sua casa recebe a visita de um tio, irmão, cunhado, filho ou primo que só aparece bêbado. E, por estar embriagado, fala um monte de besteiras, é inconveniente ao extremo, pratica atitudes desrespeitosas aos membros da casa, ofende e muitas vezes até agride. Não se dá conta do seu ridículo e não tem a menor preocupação com o aborrecimento que está causando aos outros.
Aí o dono ou dona da casa, sempre naquela “bondade” que quer estar investido, acha que tem obrigação de tolerar aquilo e ainda diz o seguinte: “Ihhh, eu prefiro não falar nada, para não me aborrecer mais. E o pior é que, se falar, ele ainda fica com raiva, porque não admite que ninguém fale do vício dele”.
Fica então, aquele entendimento absurdo de que o indivíduo, pelo fato de ser irmão, tio, filho ou primo tem o direito de chegar na sua casa e fazer o quer e bem entende.
O mesmo acontece em relação àquela tia, prima ou irmã que, também, se acha no direito de entrar na sua casa para fazer fofoca, falar da vida alheia, se meter na sua vida, dar opinião onde não é chamada e também, o que é chato demais, insistir em querer converter você e sua família à religião dela, ou melhor, à igreja dela, sob a argumentação de que toda a sua família está condenada e somente ela está salva. E ainda tem mais este absurdo: você tem que ir para igreja que ela freqüenta, porque nenhuma outra, no mundo, presta.
Tem também aquela mulher que é um poço de mau humor e chantagem sentimental com os entes dentro de casa, o tempo todo. Tenta impor respeito, aos filhos, pelo amedrontamento promovido pela chantagem:
“Se eu morrer, você é culpada. Você só me dá desgosto, é uma filha ingrata que não reconhece tudo o que eu fiz por você.”
“Pensa que eu não sei? Você quer é me ver num caixão. Não se incomode não, minha filha, isto não vai demorar”.
Mãe chantagista é uma das coisas mais chatas dentro de casa. Verdade seja dita: Raro é o lar que não tem uma desta.
Tem também aquele cidadão que acha que, pelo fato de comprar o cigarro com o dinheiro dele, de estar na casa dele e de ter o direito de fazer o que quer, sem dar satisfação a ninguém, fuma o seu cigarro fedorento, obrigando todos a se transformarem em fumantes indiretos, dentro de casa, sem que ninguém se atreva a falar nada. Afinal de contas, ele fuma por “esporte”, com bebe a sua cachacinha apenas “socialmente”.
É um bêbado chato, mas apenas socialmente.
O problema do relacionamento entre homem e mulher, invariavelmente leva um a sofrer por causa da inferioridade, do desequilíbrio e até da imbecilidade do outro.
É aquele caso da menina moça ou mulher madura que se envolve com uma praga de um homem ciumento, grosseiro, viciado, insensível e até frio, sob a argumentação do “eu amo ele, porque pintou aquela química”, num processo burro, onde não se procura conhecer, antes, a cabeça da pessoa com a qual pretende namorar, porque os atributos físicos são os únicos relevantes. A tal da química, que está na moda. Se você procurar analisar bem quais são os componentes da tabela periódica dessa química, verá que é bunda grande, olhos bonitos, barriga tanquinho, pernas grossas, conta bancária, seios, beleza facial, etc...
Você já percebeu que essa tal química que muita gente fala, nunca aparece em relação a uma pessoa idosa, de uma determinada cor de pele e não possuidora de riqueza material? Da mesma forma a tal “alma gêmea” e o famoso “amor” à primeira vista.
Como as pessoas adoram enganar a elas mesmas.
Depois, quando o namoro termina, fica a idiota ameaçada até de morte pelo animal violento com o qual ela resolveu se envolver, por causa da química, sem botar a porcaria da cabeça para pensar, e haja sofrimento.
Enquanto isto, continuamos a ver os noticiários de todo dia, mostrando os repetidos casos das Sandras Gomides, Mércias Nakashimas e várias outras mortas pelo desequilíbrio de muito animal irracional que existe no mundo e muitas mulheres não pensam, antes de estabelecer relações.
O homem ou a mulher que se submete a iniciar namoro ou, o que é pior, a insistir em manter relacionamento com pessoa ciumenta, possessiva e do tipo que gosta de fazer criatura humana como objeto seu, coisa sua, marionete e fantoche dos seus desequilíbrios, está assinando um atestado de imbecil a si mesmo.
Ninguém tem obrigação de tolerar inferioridade, esquisitice, ciúme, chantagem e abuso de ninguémmmmm!!!!!
Nem mesmo pais em relação a filhos e nem filhos em relação a pais.
A não ser que seja alguém que tenha tendências masoquistas.
A tolerância, a compreensão e a paciência são fatores fundamentais que toda criatura deve cultivar, todavia há limites e há aplicações distintas a cada caso.
Um pai verdadeiramente bom jamais diz SIM para tudo que um filho quer, assim como um chefe sensato jamais vive a atender todas as conveniências dos seus funcionários.
As pessoas precisam aprender e exercitar o NÃO ADMITO, NÃO PERMITO, NÃO QUERO e NÃO VOU DEIXAR.
O maior modelo que Deus já enviou à Terra, em todos os tempos, Jesus, jamais foi metido a bonzinho com ninguém e, muito pelo contrário, sempre agiu de forma enérgica em relação a hipocrisia, ao falso moralismo e aos abusos.
Por que muitos de nós queremos ter a pretensão de querer ser melhor do que Jesus?
É preciso que raciocinemos e lembremos que temos uma inteligência. Uns mais outros menos, mas temos.
Diga NÃO ao vício dos outros, que prejudica a você e a sua família. Se ele quiser permanecer no vício e se acabar, problema dele, mas não deixe que prejudique você.
Diante do parente bêbado, o dono da casa, a dona da casa e toda a família deve ter a coragem de dizer:
- “Eu não admito você entrar bêbado aqui nesta casa. Vá curtir o seu vício nojento na sua casa e seja ridículo lá. Saia daqui agora, ruaaaaa.”
Se ele e os seus parentes mais próximos ficarem com raiva depois, problema deles. Recomende, então, que leve o bêbado para as suas casas, enquanto bêbados, e que tolerem as conseqüências do seu vício incontrolável, lá, que vomite em cima de quem o defende, e seja o que quiserem.
A família deve, também, chamar a atenção da mãe chantagista, de preferência filhos e marido juntos:
- “Mãe, será que a senhora não percebeu que essa sua palhaçada e essas chantagenzinhas bobas já não colam mais? A gente já não se envolve mais, porque já sabe como é isto. Vamos ver se nos relacionamos com menos apelação desse tipo? Nós lhe amamos, mas paremos de ser bestas, viu?”
Pronto. Depois de uma bronca desta, dê um beijinho e muito carinho nela, pra ela perceber que de fato é amada, só que ninguém está mais disposto a tolerar palhaçadas.
- “Pai, nós lhe amamos e respeitamos muito, mas gostaríamos muito que o senhor nos respeitasse também e que fosse curtir esse seu cigarro fedorento lá no quintal ou na rua.”
De preferência que saia todo mundo de casa, e fique do lado de fora, perguntando: “E aí, pai, já acabou com a sua porcaria, pra gente entrar?”
Ou será que, só porque se trata do seu pai, você vai querer que o seu pulmão, como o da esquerda, da figura, seja igual ao dele, que é o da direita?
Eu já dei esta sugestão em algumas palestras, várias pessoas fizeram e deu resultado. No princípio ele fica com raiva, reage e fica querendo ostentar a sua autoridade (falo em autoridade física e corporal, não em autoridade moral), mas chega a um ponto que se incomoda muito em ver um tipo de cena daquela e termina se mancando.
Tem também a chantagem do filho, adolescente, abusado e cheio de direitos e liberdades, dos dias atuais, que faz o que quer com os pais, e os dois bestas ficam sofrendo, tendo que tolerar, com medo da língua dos outros e das ameaças que eles fazem.
- “Ah, mas eu sou mãe, e mãe é mãe.”
Sofrer por um filho que vive sendo ameaçado, usado, injustiçado, perseguido, caluniado, violentado e de fato sendo vítima de alguém é, sem dúvida, um dever de todo pai que deve envidar todos os esforços e dar até o seu sangue para protegê-lo; mas sofrer e se martirizar por um filho que procura pelos problemas, sem envolve conscientemente, é frio, insensível, inconseqüente, indiferente para com os próprios pais, abusado e teimoso em procurar pelo que não presta, é totalmente diferente.
Muitos adolescentes adoram provocar os seus pais, contrariá-los, fazer exatamente o contrário do que é recomendável, só pra pirraçar e vive o tempo todo com mau humor dentro de casa, tratando pai e mãe sempre com duas pedras nas mãos.
É diferente, gente! Tem que usar de autoridade moral e energia mesmo, não abrindo mão, em hipótese alguma dos princípios elementares que devem reger um lar. Concessões tem limites, liberdade de crianças e adolescentes, que vivem ainda sob a responsabilidade paterna tem limites, sim.
O assunto dá margem para muita coisa a ser abordada, tem detalhes e profundidades a ser tratada em cada caso citado aqui e termina tornando o artigo grande demais. Mas o que quero que todo mundo entenda, aqui, é que ninguém é obrigado a sofrer por conta da inferioridade, da chantagem, do chilique, da palhaçada e da frescura de ninguém.
É preciso que a pessoa tome mais conhecimento e consciência de que ela é digna, é correta, é honesta e é equilibrada e não tem porque vacilar em tomar ou não tomar decisões, temendo a língua dos outros, o que os outros vão pensar e nem como os outros vão reagir. Problema deles.
Que cultivemos a Paz interior, a partir de agora, sobretudo aqueles que estão lendo este material e que, com certeza, de uma forma ou de outra, estão se identificando em algum item colocado aqui. Quem não é capaz de amar a si próprio, não pode ter capacidade nenhuma de amar ninguém, porque a lei natural da vida nos deixa claro que só podemos dar o que nós temos.
Repensemos muito a questão do relacionamento que temos com nós mesmos, para depois, com muita segurança, repensarmos a nossa relação com os outros.
Para a sua apreciação.

Fonte: Alamar Régis Carvalho

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Soldados de Cristo ["Jesus Camp"] (1/9)

Você já ouviu falar em Jesus Camps e Hell Houses?

Acontece doutrinamento muito forte em algumas religiões e em algumas com crianças bem jovens. A imagem de um inferno real para uma criança pode ser assustadora

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Recompensa.

O que pensam os desvalidos, os miseráveis, os desgraçados, os que choram, os que sofrem, os torturados, os injustiçados, os morimbundos, os abatidos? Como imaginam esses desafortunados quando aplicados pelos seus algozes, ao extremo, torturas descomunais, tendo como consolo o ônus da injustiça, sem uma única voz a seu favor?
Ser cristão parece ser tarefa muito árdua. Mas como entender este sacrifício de tamanha proporção com um evangelho de tantas facilidades e promessas? Fato, o Brasil é um país de esponja, aqui aceitamos qualquer condição, absorvemos todo tipo de idéia de quem nem ao menos conhecemos. Pessoas que entram e saem com frequência deste país de esponja, são os que determinam o futuro da nação. Que absurdo!!!
Insurreição não funciona. Apatia tão pouco. Fato, o Brasil já viveu um grande avivamento na época de Epaminondas, Manoel de Melo e David Miranda. Foi por esse caminho que a nação andou na idéia de Reino, por uma pessoa que esses homens deveras conheciam. Jesus Cristo. Para uma retomada de um só orientador espiritual, precisamos de uma regra antiga. ORAÇÃO.
Mas como viver outro avivamento de nível tão espetacular sem esta regra? Precisamos ser orientados por Cristo Jesus, sem Ele seremos vítimas continuamente desses manipuladores da fé cristã.
Ore, ame, perdoe e ensine esses princípios ao seu próximo, não permita que seu vizinho jogue a toalha. Estamos vivendo uma época muito difícil, muitas religiões buscando seus interesses terrenos. Fato, o mundo em nome de Deus viveram grandes derramentos de sangue em nome de Deus. Pessoas beligerantes, infiéis, intratáveis que usando da religião abusaram de suas presas expoliando, matando e tudo isso em nome de Deus. Mas que Deus é esse? Será o Deus de Jesus? O Deus dos judeus? O Deus dos mulçumanos? O Deus dos católicos? Enfim, como resolver essa incógnita? ORAÇÃO. Oração esta ao Deus de Jesus Cristo, o Deus que criou todas as coisas, Deus da misdericórdia, da graça, da mansidão, do amor, da justiça.
Ame incondicionalmente. Ajude as pessoas. Doe mais. Seja tolerante. Paciente.
Estamos de passagem, somos peregrinos, andarilhos na terra, sendo assim, pela vontade permissiva de Deus, o adversário, satanás é mantido como o articulador do mundo. Você tem dúvidas? Então vamos ver o que Jesus diz a seu respeito!
Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares
Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Mt 4;8-10.
O que você realmente espera do reino dele? Amor, não. Ajuda, não. Doação, não. Tolerância, não. Paciência, não.
Enquanto não entendermos o verdadeiro Evangelho do Reino, seremos vítima continuamente das trevas.
Que Deus possa acolher o coração quebrantado, e que seja o seu e o meu.

Fonte: http://sacerdocioperene.blogspot.com/

Quem gosta de filme existencialista

Assista por aqui: Gritos e Sussuros

Armadilha no PL do Salário Mínimo

O Projeto de Lei nº 382/2011 de autoria do Poder Executivo, além de fixar o valor do salário mínimo a viger em 2011 (art. 1º e Parágrafo único) e estabelecer diretrizes para a fixação dos salários mínimos de 2012 a 2015 (art. 2º, Parágrafos e Incisos), apresenta uma controversa novidade.

Pretende com este PL - aprovado pela Câmara Federal e a caminho do Senado -, no período descrito acima, mudar a forma de regulamentar o salário mínimo nacional, fazendo-a através de Decreto e não mais de Lei (art. 3º e Parágrafo único).

Nesse sentido, o Executivo dá sinais de desprezo pelo Poder Legislativo, pois retira deste a capacidade de apreciar, discutir e alterar o que emana daquele. Mas esta é uma questão que não pretendo enfrentar nesse momento, mas sugiro a leitura de http://migre.me/3UkcV para melhor entendimento da ciência política do uso dos institutos Lei e Decreto.

Quero ater-me à jurisdição constitucional que a nova norma - especialmente o art. 3º e Parágrafo único - apresenta à vida político-jurídica do país.

Vamos lá!

A Constituição Federal (CF) afirma expressamente ser direito do trabalhador urbano e rural (art. 7º), dentre outros, o salário mínimo, fixado em Lei (inciso IV). Precisamos continuar?

Quisesse o constituinte originário que a matéria fosse tratada apenas na alçada executiva teria se expressado de outra forma – esta que agora contrapomos -, mas como percebemos, até por razões filosóficas da própria CF (que atribui ao salário mínimo status de direito social e garantia fundamental do trabalhador), houve por bem dispô-la ao Congresso Nacional.

Sigamos...

As várias competências privativas do Presidente da República estão disciplinadas no art. 84, CF, e nenhuma faz referência à fixação do salário mínimo, o que sugere a obrigatoriedade da participação do Legislativo na matéria, na forma do art. 64, Caput, CF. O mesmo artigo 84 acima citado, em seu inciso VI, assegura o uso do Decreto pelo Executivo, porém, somente sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

Como vemos, em um único artigo da Carta Maior encontramos dois empecilhos à nova norma: a incompetência do Executivo para tratar privativamente da matéria salário mínimo, bem com a forma de apresentá-la.

Diante destas evidências de inconstitucionalidade, resta, sem grande esperança, esperar que o Senado Federal atue conforme suas atribuições e exclua do texto normativo o artigo impregnado. Caso contrário, somente a propositura de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal, por quem de direito, poderá trazer de volta a segurança política e institucional à vida brasileira.

Não pensemos que se trata de assunto banal, que está em jogo somente a forma de proposição de um instituto.

Está em jogo a democracia brasileira quando um Poder usurpa de outro suas funções.

Estão em jogo as instituições democráticas quando o Executivo através de Lei - mesmo aprovada pelas Casas legislativas – textualiza que a partir da aprovação dessa Lei fará o que lhe impede a Constituição da República.



Leia a íntegra do PL nº 382/2011 aqui

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/839270.pdf

Fonte: http://opiniaoeposicao.blogspot.com/2011/02/armadilha-no-pl-do-salario-minimo.html?spref=tw

Auxilio-Reclusão

O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.

Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

PERÍODO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR MENSAL
A partir de 1º/1/2011 R$ 862,11 – Portaria nº 568, de 31/12/2010
A partir de 1º/1/2010 R$ 810,18 – Portaria nº 333, de 29/6/2010
A partir de 1º/1/2010 R$ 798,30 – Portaria nº 350, de 30/12/2009
De 1º/2/2009 a 31/12/2009 R$ 752,12 – Portaria nº 48, de 12/2/2009
De 1º/3/2008 a 31/1/2009 R$ 710,08 – Portaria nº 77, de 11/3/2008
De 1º/4/2007 a 29/2/2008 R$ 676,27 - Portaria nº 142, de 11/4/2007
De 1º/4/2006 a 31/3/2007 R$ 654,61 - Portaria nº 119, de 18/4/2006
De 1º/5/2005 a 31/3/2006 R$ 623,44 - Portaria nº 822, de 11/5/2005
De 1º/5/2004 a 30/4/2005 R$ 586,19 - Portaria nº 479, de 7/5/2004
De 1º/6/2003 a 31/4/2004 R$ 560,81 - Portaria nº 727, de 30/5/2003

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão .

O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
- com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;
- em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto;
- se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes);
- ao dependente que perder a qualidade (ex.: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc);
- com o fim da invalidez ou morte do dependente.

Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

Como requerer o auxílio-reclusão

O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio, pelo portal da Previdência Social na Internet, pelo telefone 135 ou nas Agências da Previdência Social, mediante o cumprimento das exigências legais.

Importante: Se foi exercida atividade em mais de uma categoria, consulte a relação de documentos de cada categoria exercida, prepare a documentação, verifique as exigências cumulativas e solicite seu benefício.
Dependentes

Esposo (a) / Companheiro (a)

Filhos (as)

Filho equiparado (menor tutelado e enteado)

Pais

Irmãos (ãs)

Segurado (a) contribuinte individual e facultativo (a)

Segurado (a) empregado (a)/ desempregado (a)

Segurado (a) empregado (a) doméstico (a)

Segurado (a) especial/trabalhador (a) rural

Segurado (a) trabalhador (a) avulso (a)

Valor do benefício

O valor do auxílio-reclusão corresponderá ao equivalente a 100% do salário-de-benefício.

Na situação acima, o salário-de-benefício corresponderá à média dos 80% maiores salários-de-contribuição do período contributivo, a contar de julho de 1994.

Para o segurado especial (trabalhador rural), o valor do auxílio-reclusão será de um salário-mínimo, se o mesmo não contribuiu facultativamente.
Perda da qualidade de segurado
Dúvidas frequentes sobre:
Categorias de segurados
Dependentes
Carência
Perguntas e respostas
Saiba mais...
Legislação específica
Lei nº 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores;
Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores;
Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 06 de agosto de 2010 e alterações posteriores.

Fonte: Previdencia Social

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Frases que valem registro!

Darcy Ribeiro partiu em 17/02/1997...

“Fracassei em tudo o que tentei na vida.

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.

Tentei salvar os índios, não consegui.

Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.

Mas os fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu” – Darcy Ribei

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SERGIO SAMPAIO - EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA

Sergio Sampaio que ao chegar no Rio morou na rua e continuaria morando caso não travasse amizade com Raul Seixas que percebendo, sentindo a retidão de caráter e veia poética do S.Sampaio o acolheu, e dado esse fato Sergio passou a receber convites dos amigos comunistas, socialistas, etc. (hehehe) para almoçar, jantar e pernoitar, coisa que ele não mais necessitava. E já que só após ter onde morar e comer passou a ser convidado a participar de movimentos esquerdistas, mesmo que antes já tivesse observações geniais, sofreu o preconceito por não ter endereço, com isso preterido e nunca convidado para nada. Mas ante a nova realidade e como toda pessoa que tem olhos de ver, considerou que a falta de apoio na ocasião que estava a mendigar, e os convites que recebeu só quando já tinha onde morar e comer nada mais que hipocrisia, e disso nasceu a genial ideia de compor e lançar a musica: Eu quero é botar meu bloco na rua... e teve consolidado seu valor como musico, compositor e poeta. !

Há outros músicos, compositores e poetas que moraram na rua, oportunamente postarei por aqui, o que restará provado que o medo nos leva a igualar todos necessitados por iguais(dor de cabeça) e com isso a gente comete injustiça! Quem dera pudessemos prever que acolher quem não tem onde morar. não resultaria em dor de cabeça!!!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

sonata de Outono - Discussão mãe e Filha - Parte II

Mãe dominadora é fogo, quer que vivamos nossa vida através da vida dela, ou seja que nos anulemos para viver a vida sob a ótica dela! E quem têm bom coração aprendeu bem o catecismo de dizer amém, é grato e fiel em tudo até quando, na verdade, deveria se conscientizar que cada um deve viver e ser responsavel por sua vida e escolhas! Mas, a mãe tão amorosa e caridosa que não respeita o direito do filho viver sua vida, diz: filho se fizer isso vou morrer de desgosto! Filho se mudar de cidade esqueça que têm mãe. Filho se gostas de mim só teras amizade com pessoas que eu aprovo e gosto! Pior quando faz isso sem abrir a boca!!!Que safadeza! Que egoísmo e fdp! E se livrar disso sendo preocupado com a mãe é impossível! Somos fracos ao deixar nossa mãe, mesmo que dependa de certa forma de nós, conduzir nossa vida!
Quem se valoriza vive suas escolhas de vida e quem nos ama respeita esse direito! Não tortura! Quem se deixa ser alvo de chantagem de mãe é ingenuo! Não se deu conta que sua vida é unica!

Vejam o vídeo abaixo: discussão entre mãe e filha - Sonata de Outono - que nos leva a uma série de reflexões; mas, a coisa não é tão simples, pois a mãe está doente e com certeza precisa de ajuda. POor outro lado quando incorporamos algo não conseguimos enxergar outros pontos de vista e, acreditamos que o que é certo é a forma que vemos a vida. Essas mães acreditam (ou se auto-engana para ver safisfeitas suas vontades mesmo que em detrimento da vontade ou necessidade alheia) que fazem por amor, quando na realidade não tem amor por elas mesmas e acabam projetando/transferindo seus medos, fracassos, frustrações para os filhos!!


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Cientista e o Estudante

Um senhor de 70 anos vajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta.
Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

- O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices?

- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos,mostrou a miopia da religião.

Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias.
O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? É o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
-
Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.

O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.

No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur – Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.

“Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima” (Pasteur)

PS. Desconheço a fonte e tb não me foquei em pesquisar!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O pior do Brasil é o brasileiro

Ator brasileiro Daniel de Oliveira roda filme na Itália com orçamento de R$ 8 milhões
O ator brasileiro Daniel de Oliveira está na Itália filmando Amanhecer, longa dirigido por Vicente Ferraz, que, com ares de superprodução e orçamento de R$ 8 milhões, retrata a vida de quatro pracinhas brasileiros na época em que o Brasil enviou tropas à Europa durante a 2ª Guerra Mundial. O ator já está lá há várias semanas e iria voltar ao Brasil nos próximos dias. Acontece que o cronograma de filmagens mudou e Daniel só retornará ao país no final de março.

Por conta disso, o ator ficará dois meses longe da mulher, Vanessa Giácomo, e dos filhos, Raul, de 2 anos, e Moisés, de apenas seis meses. "A saudade é grande, mas trabalho é trabalho. Sou atriz e sei como é", disse Vanessa à coluna. Haja Skype!
Curiosidade: o Brasil foi o único país da América Latina a enviar tropas à Europa durante a 2ª Guerra. Cerca de 25.324 soldados lutaram na Itália, dos quais 2.762 foram feridos e 465 foram mortos no conflito.

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:1b2INYR4t7gJ:www.radioitaliana.com.br/content/view/5737/1/+cineasta+brasileiro+que+eesta+na+it%C3%A1lia&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br

"O pior do Brasil é o brasileiro
Estou puto: vi agora na TV que um cineasta brasileiro está na Itália, para filmar um filme de guerra sobre soldados brasileiros na II Guerra. Sabem qual é a trama do filme? É sobre quatro soldados que entram em pânico e se separam do resto da tropa, e aí se perdem.

Porra!!! Quando os americanos fazem filmes de guerra, seus soldados são retratados como heróicos, bravos, corajosos até a inconsciência do perigo. Nós brasileiros nunca fazemos filmes de guerra, e aí quando vamos fazer um, retratamos nossos soldados como fracos, despreparados e histéricos, beirando a covardia.

É por isso que a nossa auto-imagem é tão ruim: nós mesmos nos retratamos da pior forma possível.

Em tempo: eu tenho o livro "Senta a Pua!" escrito em 1980 pelo brigadeiro Rui Moreira Lima. Ali há várias histórias edificantes sobre a participação de brasileiros na II Guerra. Porquê esse traste desse cineasta não quis filmar uma história dessas? Parece que é mais fácil filmar histórias que nos expõem ao ridículo.

O brasileiro não respeita o próprio País, não respeita seu passado e não respeita seus heróis. Estamos sempre prontos a pichar nosso próprio País" por Rodrigo

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

MAIS DEUS E MENOS RELIGIÃO

Europa, entre o ano de 1183 a meados do século 18 da era atual. Durante a Santa Inquisição, a Igreja autorizou a morte de cientistas, mulheres acusadas de bruxaria, homossexuais, prostitutas e de todos aqueles que não seguiam a fé católica. Alguns estudos revelam que foram mortos mais de 5 milhões de pessoas.

Nova Iorque, EUA. Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, dois aviões se chocaram contra as torres gêmeas, causando a morte de quase três mil pessoas.

Cairo, Egito. Junho de 2007. A morte de uma menina de 12 anos durante uma cirurgia para retirada do clitóris estimulou grandes protestos no país e levou o Governo egípcio a proibir de vez essa horrenda prática, que vem de longa data. Entretanto, pais continuam clandestinamente a permitir que suas filhas sejam submetidas a essa cirurgia, sem se importar com a dor das crianças. Essa cirurgia é praticada na maioria dos países islâmicos, e, embora não seja recomendada pelo Corão, o livro sagrado, é incentivada por líderes religiosos como forma de eliminar o desejo sexual das jovens para que não venham a se prostituir.

Província de Kunduz, norte do Afeganistão. Agosto de 2010. Um homem e uma mulher são mortos a pedradas. Crime: adultério. Por cavalheirismo, a mulher foi apedrejada primeiro.

Paquistão. 23/05/2006. Uma adolescente de 14 anos levou quatro tiros de um primo após manter relações sexuais com um jovem. Ela acabou morrendo de infecção abdominal. Noor Jehan foi declarada culpada de adultério por um tribunal tribal tradicional no sul do Paquistão. Autoridades dizem que a garota foi morta em "nome da honra" pelo primo, que planejava casar com ela.

Brasil, 2010. A cada dois dias um homossexual é morto por motivos homofóbicos.

Imagino que você também tenha se horrorizado com essas notícias. Se você for cristão, ficará mais ainda perplexo se eu lhe falar que todas essas chacinas e desgraças foram causadas por pessoas influenciadas direta ou indiretamente por um livro que vem ditando normas de comportamento há dois mil anos. Esse livro se chama Bíblia.

Nesse artigo, me dirijo especialmente aos crentes religiosos. No entanto, o teor desse trabalho é humanista, tem por meta maior promover a fraternidade e a paz entre as pessoas, sejam elas religiosas ou não. Meus outros objetivos são: trazer um conhecimento que não chega para a maioria das pessoas, pois não é ensinado dentro de casa e nas escolas; mostrar que religião, ao contrário do que se pensa, tem trazido mais sofrimento que paz para a humanidade, e, finalmente, deixar claro a diferença que há entre Deus e religião. Em nome do perfeito entendimento, evitarei termos complicados que são compreendidos apenas pelos que estudam a fundo religiões, filosofia, mitologia, etc.

O termo “crente” que empregarei nessa minha exposição é no sentido de crer em um deus apenas (como fazem os cristãos, por exemplo) ou vários deles, como é o caso dos hindus. O termo deus que emprego nesse vídeo, é no sentido de um ser sobrenatural, criador do universo, que se interessa por assuntos humanos, ouve as preces e auxilia quem o procura. Segundo pesquisas, mais de 80% da humanidade crê num deus com essas características.

Que fique registrado: não há nenhum mal em acreditar em deus, desde que essa crença motive o ser humano a se tornar melhor visando um mundo mais pacífico. Crer em Deus tem beneficiado muita gente ao longo dos séculos. A crença em Deus, e em seus ajudantes, isto é, anjos, santos, espíritos, etc, pode dar ânimo aos enfermos e aos tristes. Pode fazer uma pessoa rude e insensível se tornar mais generosa e amável. Pode inspirar a solidariedade, livrar pessoas das drogas, trazer harmonia aos lares. Nesse sentido, a crença em Deus é salutar e não vejo onde criticar.

Já as religiões, e é aí onde mora o perigo, são instituições humanas, criadas para assegurar vantagens e interesses de uma classe em especial – a dos sacerdotes -, em detrimento da maioria. Embora em quase todas as religiões encontramos ensinamentos que valorizam o amor e a solidariedade, o que mais se destaca nelas é a intolerância para os que não pertencem ao mesmo credo ou não se submetem às autoridades (classe sacerdotal). Um cientista ou filósofo não vai castigá-lo se não aceitar sua teoria, mas a religião, dependendo da época e lugar, intimidará com os castigos impostos aos descrentes ou aos que não seguem o mesmo deus, que pode ir das prisões, castigos físicos ou até mesmo a pena de morte. E usam deus para legitimar essas sentenças.

Há muitas teorias sobre o surgimento das religiões, mas a mais aceita, pelo que pesquisei, é a de que nos tempos primitivos, o bando que tivesse um líder religioso (o xamã ou feiticeiro) se tornava mais coeso, unido e mais apto para vencer os grupos rivais e enfrentar a hostilidade do ambiente. Com o surgimento das primeiras civilizações, a classe sacerdotal terá importância igual ou até maior que dos reis e da nobreza. Com frequência, o rei afirmava ser um filho de deus, ou às vezes, o próprio deus na terra, como acontecia no Egito. E os sacerdotes convenciam o povo de que isso era verdade. Daí fica fácil de entender porque o povo temia tanto as ordens de seus mandatários.

Os reis antigos adotaram algumas ações importantes para manter a ordem. Uma delas foi escrever leis. Para que o povo não se atrevesse a descumpri-las, os reis afirmavam que aquele conjunto de regras tinha sido elaborado por um deus e quem desobedecesse seria rigorosamente punido com as desgraças enviadas pelos deuses. Além é claro, de ser preso e torturado até a morte. Essa será a diretriz da maioria das religiões, forçar alguém a segui-la mediante a ameaça de castigo.

O primeiro rei a criar uma legislação inspirada num deus foi o rei de Ur, na antiga Suméria, no ano de 2040 antes da Era comum aproximadamente. Sempre que você ler a expressão “antes da Era comum”, signfica o mesmo que “antes de Cristo”. Sempre que você ler a expressão “depois da Era comum”, é o mesmo que “depois de Cristo”.

Voltando ao rei de Ur: uma das leis autorizava o marido a trazer uma nova mulher para dentro de casa, caso a primeira não lhe agradasse mais. O pai podia expulsar o filho desobediente de casa e até matá-lo. Como as pessoas acreditavam que as leis tinham autoridade de um deus, obedeciam-nas com todo respeito e temor. Mais tarde, no século 17 A.E.C. (antes da Era comum),um rei babilônico apareceu com nova legislação. De novo argumentou que o autor era um deus. O rei se chamava Hamurábi.

Havia leis que protegiam os escravos, os órfãos e as viúvas. No entanto, como era comum nas leis dadas por um deus a mulher sempre era a mais penalizada. Se acusada de adultério, era jogada num rio. As infelizes que não sabiam nadar morriam afogadas. Perceba que os deuses autores dessas leis são sempre masculinos e machistas. É simples de entender: o mundo vivia uma época patriarcal, dominada pelos homens. E eram homens, geralmente reis militares, que inventavam esses deuses. Como já foi dito por um historiador, os deuses sempre se parecem com o povo que o descobre.

Vou ser bem claro para não deixar dúvida: não era deus quem inspirava esses reis na confecção das leis. A legislação era criada por homens, que mentiam para o povo que o autor era deus. Agora você vai conhecer Moisés, um personagem de crucial importância para entendermos o mundo atual. Você vai entender porque há tanta confusão em torno das religiões, porque existem mais de 30 mil religiões cristãs, e cada uma interpretando de modo diferente a Bíblia. Vai entender porque a religião islâmica tem provocado tanto terror no mundo. Vai entender porque existem pessoas que se matam e matam outras pessoas em nome da fé. Vai entender porque católicos são proibidos de se divorciar, usar preservativo, anticoncepcionais, porque algumas religiões proíbem sexo antes do casamento, assistir televisão, fazer transfusão de sangue, etc.

Moisés, o profeta bíblico, usou a mesma estratégia dos antigos reis que diziam ser amigo dos deuses. Moisés conseguiu convencer grande parte dos hebreus (hoje judeus) que ele também falava com deus. Mais ainda, afirmará que deus lhe entregara dez regras (dez mandamentos) para serem seguidas pelo seu povo. Mas dez leis era pouco. Para quem não leu a Bíblia, existem ainda outras 613 leis que vão do Êxodo ao Deuteronômio. Além dessas leis, existem ensinamentos em outros livros da Bíblia, como nos Provérbios e no Siracides (Eclesiástico) que são uma afronta à dignidade humana. Vou mostrar algumas dessas leis e ensinamentos.

Não esqueça que conforme conta a Bíblia, são leis e ensinamentos autorizadas por Deus. Leia e julgue se um Deus sábio e amoroso poderia ser o autor dessas recomendações.

Sobre escravidão: o deus de Moisés apoiava a escravidão. Um pai pode vender a filha como escrava (Êxodo 21,7).
Sobre virgindade: A noiva que não guardasse a virgindade para o marido, deveria ser morta a pedradas. (Deuteronômio 22,13). O Corão, livro sagrado da religião islâmica (mesmo que muçulmana) foi fortemente influenciado pela Bíblia. Uma mulher muçulmana que não se guardar para o esposo, poderá ser morta por apedrejamento.
Sobre educação dos filhos: a Bíblia manda matar o filho que não obedece aos pais (Deuteronômio 21,18). O deus bíblico é a favor do espancamento de crianças: “Corrige teu filho enquanto há esperança, mas não te enfureças até fazê-lo perecer.” (Provérbios 19,18).
“Não poupes ao menino a correção: se tu o castigares com a vara, ele não morrerá” (Provérbios 23,13). Essas palavras ficaram cravadas por gerações, de modo que hoje, muitos pais acreditam equivocadamente que palmadas e vara educam os filhos. Psicólogos desmentem enfaticamente.
Sobre homossexualidade: era aplicada a pena de morte aos homossexuais (Levítico 20,13). Para coibir esse comportamento, os sacerdotes alegaram que era Deus o autor da lei. O motivo real, no entanto, era de ordem prática: relações homossexuais não geram descendentes, e as nações que se formavam careciam de mão de obra e soldados. Séculos de doutrinação contra o amor homoafetivo, geraram em muitas pessoas um forte sentimento homofóbico. No Brasil, um homossexual é morto a cada dois dias (dados de 2010). Grandes pensadores já falaram que se deus julgasse a homossexualidade um pecado, como proclamam equivocadamente alguns líderes religiosos, ele teria criado todos heterossexuais.
Sobre liberdade religiosa: agora você vai entender porque existiram e ainda há tantas guerras em nome de deus. A Bíblia conta que quem servisse outros deuses, isto é, tivesse outra religião, devia ser morto. (Deuteronômio 17,2).
“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7,21).
“Se alguém não amar o Senhor, seja maldito!” (I Coríntios, 16, 23). Como vemos, a Bíblia manda matar quem não segue o deus cristão. Hoje, isso não é mencionado por padres e pastores, pois causaria grande mal estar nos devotos.
Sobre mulheres. O que o deus bíblico pensa sobre elas:
“As mulheres estejam caladas nas assembleias: não lhes é permitido falar” (I Coríntios, 14, 34).
“O homem é o senhor da mulher.” (I Coríntios, 11, 3).
“Mulheres, sede submissas a vossos maridos” (Colossenses, 3,18).
“Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio.” (I Timóteo, 2,12).
Sobre transfusão de sangue. Algumas igrejas proíbem a transfusão de sangue por conta de um trecho onde se lê que a alma está no sangue (Gênesis 9,4). Uma superstição bem anterior ao povo bíblico.
Sobre castigos físicos.
O deus de Moisés pregava a vingança, copiando a lei taliônica (de retaliação) que já existia antes da Bíblia.
“Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe. (Êxodo 21,24).
“Se o culpado merecer ser açoitado, o juiz fá-lo-á deitar por terra e o fará açoitar em sua presença com um número de golpes proporcional ao seu delito.” (Deuteronômio 25,2).

Agora vamos ver o que há de certo até aqui:

Essas leis e ensinamentos foram transmitidos por Deus? Não. Hoje, não há um arqueólogo ou historiador de assuntos religiosos competente que acredite que Bíblia ou qualquer outro livro tenha sido inspirado por Deus.
Quem não for cristão vai para o inferno?
Não. Inferno é uma ficção. A origem do castigo depois da morte vem dos tempos pré-bíblicos. Sumérios, egípcios, gregos, etc, já formavam cada um a seu modo, como seria o castigo para aqueles que não seguissem as ordens dos sacerdotes. O conceito de um castigo para depois da morte tem por objetivo propagar o terror entre o povo, desse modo eles seriam mais facilmente manipulados pela classe sacerdotal.
Hoje muitos teólogos modernos já confirmam que o inferno não existe, é incompatível com um deus bom e amoroso, que jamais permitiria o sofrimento de seus filhos. Mas para os líderes, é importante que acreditem na ameaça do inferno, pois isso os força a não duvidar do que foi transmitido pelas escrituras.
Moisés existiu? Para os especialistas em arqueologia bíblica, não existiu.
Quem então criou essas leis? Segundo arqueólogos e historiadores, os livros bíblicos que contêm as leis atribuídas a Moisés, foram escritos entre os séculos 7 e 4 A.E.C., portanto, muitos séculos depois da alegada existência de Moisés.
Muitas dessas leis se basearam em códigos de leis que já existiam, sobretudo a lei de Hamurábi. A primeira parte da Bíblia, o Antigo Testamento, foi escrito sobretudo para propagar ideias religiosas judaicas.
Que ideias eram essas?
Mostrar ao mundo que eles eram a nação escolhida por deus, que serviria de guia para a humanidade. Uma ideia frequente entre povos antigos. Sumérios, egípcios, babilônicos já se consideravam em sua época nações escolhidas por deus. Quando essas civilizações eram dominadas por exércitos inimigos, diziam que deus os havia abandonado. Porque para a mentalidade dos antigos, a desgraça era sinal de que deus os havia abandonado.
O deus bíblico é bom?
Não. São dezenas de ações onde Javé (Jeová, Senhor de Israel) aparece como autor de matanças ou autorizando a morte de cidades inteiras.
Como exemplo de uma chacina a mando desse deus, podemos ler em Números 31,14. O exército de Israel invade as cidades madianitas, mata homens, mulheres e crianças. Só as virgens são poupadas. Nas palavras de Moisés, inspirado amorosamente por deus:
“Matai, portanto, todos os meninos, bem como todas as mulheres que já tiveram relações com algum homem. As meninas, porém, que não tiveram relações com homem, conservai-as vivas para vós.”
Porque as virgens não eram mortas? Para servirem de mulher para os soldados judeus. Mas não por muito tempo. Assim que eles se enjoassem delas, podiam mandá-las embora (Deuteronômio 21,10). Como já não tinham pais nem irmãos, todos já mortos, provavelmente elas viveriam de mendicância ou de prostituição. Devemos lembrar que eram meninas, provavelmente entre doze e dezesseis ou dezessete anos, já que a partir dessa idade muitas já eram casadas.

Por mais absurdo que possa parecer, muitos crentes inteligentes acreditam que deus agia certo mandando matar aquela gente. Observe que deus não fulminava os pagãos e os fazia morrer sem dor; ao contrário, os soldados de Israel invadiam as aldeias e perfuravam com lanças e espadas desde criancinhas de colo até velhos que já não conseguiam se locomover.

Você, amigo religioso, que crê na Bíblia, consegue ouvir o choro das mães tendo o filho bebê arrancado de seus braços, e cortado em pedaços pelas espadas do exército do Senhor de Israel?
Consegue enxergar alguma lição de amor e sabedoria nesse deus fictício, criado pelos sacerdotes hebreus, que mandava matar pessoas que não quisessem adorá-lo e se submeter ao povo de Israel? Consegue admirar esse deus tribal, sedento de sangue, machista, ciumento e cheio de ódio por aqueles que não o adorassem?
Através de longos anos de discurso em favor desse deus sanguinário e lavagem cerebral, os lideres religiosos ensinam ao seu rebanho que deus tinha todo direito de matar aqueles povos, pois no seu imenso amor, não queria vê-los pecando diante de imagens de deuses pagãos. Que devemos entender o contexto da época em que essas chacinas aconteciam. Outro argumento dos líderes religiosos é que deus precisou ser duro pois naquele tempo o povo era mau e só aprendia com o castigo.

Ora, um pai que ama seus filhos irá fazer de tudo para lhes orientar com amor, sem uso da força e do castigo físico. Se um pai espanca e mata um filho hoje, é julgado e condenado a prisão, pois não admitimos tamanha crueldade. Mas se for o deus Javé da Bíblia que manda matar criancinhas de colo, muitos crentes acham a coisa mais justa e normal do mundo.
Você está percebendo como a fé cega leva as pessoas a crer nos piores absurdos? As maiores mentes brilhantes nunca acreditaram nessas lendas de deuses conversando com profetas e reis. No entanto, a maioria, por não ter acesso aos conhecimentos que revelam a natureza das religiões, como e por que elas foram criadas, continua como sob efeito de uma hipnose milenar, acreditando no que aprendem de seus líderes.

Você ainda acha que religião é necessária?
Meu desejo sincero é que você comece a enxergar Deus de outra maneira. Pelo bem da humanidade, os deuses de todas as religiões deveriam ir para o lugar que eles merecem: para a prateleira da mitologia. Se os gregos de hoje já enxergam Zeus, Adônis, Apolo e Afrodite como deuses mitológicos , já está mais que na hora das pessoas não serem mais enganadas pela classe sacerdotal.
Continue com a fé em Deus, se isso lhe faz bem e não prejudica nem a você nem aos outros. Mas reflita nessa frase de Dalai Lama:
“A crença religiosa não é uma garantia de integridade moral. Olhando para a história, vemos que, entre os grandes provocadores – aqueles que distribuíram fartamente violência, brutalidade e destruição –, muitos há que professaram uma fé religiosa, às vezes escancaradamente. A religião pode nos ajudar a estabelecer princípios éticos. Contudo é possível falar de ética e moralidade sem recorrer à religião.”

Fernando Bastos, www.fernandobastosescritor.blogspot.com
Recanto das Letras

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Revista Istoé realiza entrevista polêmica com Apóstolo Valdemiro

A revista Isto É realizou uma reportagem especial com e sobre o Apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, e um dos mais famosos televangelistas da atualidade. A matéria com várias parte irônicas ou polêmicas acompanha o apóstolo durante alguns dias e fala sobre diversos temas envolvendo o dissidente da Igreja Universal.

Confira a matéria da Isto É sobre Valdemiro Santiago na integra abaixo:
Com microfone em punho, Valdemiro Santiago de Oliveira, todo-poderoso líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), caminha bambeando de um lado para outro do altar fincado bem no centro de um galpão de 18 mil metros quadrados, localizado no Brás, bairro da região central de São Paulo. Dez mil pessoas se aglomeram ao redor do autointitulado apóstolo, em estado de atenção e êxtase, à espera de uma palavra, um toque, um abraço. Com o rebanho em suas mãos, e um timing digno de showman, ele chora, gargalha, transpira. Está entregue à multidão. A voz rouca sai carregada de ironia e ornamentada por um sorriso de canto de boca. “Está um congestionamento aqui fora. Ouvi dizer que acontece uma feira na redondeza!”, diz. Mas não há feira nenhuma. O movimento na região é provocado pelos concorridos cultos desse mineiro de 47 anos, natural de Cisneiros, distrito de Palma, a 400 quilômetros de Belo Horizonte. E Santiago sabe muito bem disso. Há 30 anos no movimento neopentecostal brasileiro, segmento que mais cresce no Brasil (deve chegar a 40 milhões de adeptos no novo Censo), o homem forte da Mundial é o mais fulgurante fenômeno religioso do Brasil atualmente. Sua identificação direta com a massa – é negro, tem sotaque caipira e português falho, trabalhou na roça e passou fome – o coloca nos braços humildes e carentes daqueles que procuram uma solução espiritual para as mazelas da vida.
“Quem me viu na tevê? Quem foi a Interlagos?”, questiona Santiago, enquanto os fiéis, contidos por obreiros, se debatem e gritam em sua direção. No primeiro dia de 2011, o religioso ganhou minutos preciosos em rede nacional por causa da massa impressionante de discípulos que conseguiu arregimentar em pleno 1º de janeiro, vinda de todos os cantos do Brasil para celebrar com ele no autódromo de Interlagos. Segundo os organizadores do evento, havia lá 2,3 milhões de pessoas. Nos dias 9 e 11 de janeiro, quando a reportagem de ISTOÉ acompanhou os cultos na sede mundial da IMPD, no Brás, uma antiga fábrica comprada por R$ 60 milhões em 60 parcelas de R$ 1 milhão, o apóstolo faturou sobre essa exposição em horário nobre. “Ninguém pode dizer que sou um sujeito dotado de uma inteligência, uma sabedoria”, disse Santiago à ISTOÉ, currículo escolar findo no quinto ano do ensino fundamental, mas alinhado em um terno bem cortado, gravata, camisa com abotoaduras douradas e sapatos tamanho 44 impecáveis. “Quem olha a minha vida e faz uma análise não tem como não glorificar Deus.”
De fato, o garoto que perdeu a mãe aos 12 anos e caminhava oito quilômetros por dia para levar marmita para os familiares na roça lidera, hoje, um império religioso que conta com três mil igrejas espalhadas pela América do Sul e do Norte, Europa, Ásia e África e 4,5 milhões de fiéis, de acordo com dados da própria IMPD. Treze anos depois de fundar a Mundial, o homem que gosta de cultivar a fama de matuto mora em um condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo, e tem na garagem três carros importados blindados – uma Land Rover, um Toyota e um Peugeot. Motoristas e seguranças particulares estão sempre à sua disposição. Helicópteros e um jato particular também. A Igreja Mundial, por sua vez, tem inaugurado um novo templo por semana e honra, mensalmente, uma despesa em torno de R$ 40 milhões. O dinheiro da igreja vem, principalmente, do dízimo arrecadado. Membros da IMPD estimam receber de doação em seus cultos uma média de R$ 10 por fiel. Há, ainda, envelopes nas cores ouro, prata e bronze. Pastores afirmam que a diferenciação não está diretamente ligada ao valor a ser dado à igreja. Segundo eles, cada tipo de envelope contém uma mensagem diferente. Nesse primeiro mês de 2011, o apóstolo reforçou o pedido por doações argumentando despesas com emissoras de tevê e rádio. “Ano novo, contratos novos e reajustados… Essa semana preciso muito de sua ajuda. Quem pode trazer até terça-feira R$ 100?”, perguntou Santiago. A quantia foi diminuindo à medida que o tempo ia passando. “E uma oferta mínima de R$ 30? Quem puder, fique de pé que o obreiro irá dar o envelope.”
É a mística de milagreiro de Santiago a chave de seu sucesso e a responsável pelo fenômeno da multiplicação de fiéis à sua volta. E a televisão amplifica em doses continentais esse poder de comunicação inato do líder evangélico. Atualmente ele ocupa 22 horas diárias na programação da Rede 21, que pertence ao grupo Bandeirantes, ao custo de R$ 6 milhões mensais. Com mais R$ 101 mil por mês, pagos à Multichoice, empresa sul-africana distribuidora de sinal, também está no ar em Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Líbia, Zimbábue e Botswana. Na telinha, o que se vê são os cultos de Santiago em seus templos. Para isso, a performance do pastor é acompanhada, minuto a minuto, por fotógrafo e uma equipe de cinegrafistas, que registram tudo para ser divulgado, além da tevê, no jornal, na revista e na rádio da igreja. Na África do Sul, a Mundial possui uma hora de programação na TV Soweto, ao custo de R$ 59 mil mensais. Em Maputo, a capital de Moçambique, uma tevê e uma rádio já estão sob o domínio da corrente evangélica do ex-roceiro, fissurado, segundo palavras dos próprios membros da igreja, por se comunicar com os súditos via tevê. Afinal, se em um templo como o do Brás o apóstolo consegue falar para 30 mil pessoas, no ar, citando apenas os que possuem antena parabólica no Brasil, ele chega a 25 milhões de lares via Rede 21.
Não e à toa que, anunciados pela telinha, seus eventos estão sempre lotados. “Aquela máxima da publicidade de que uma imagem vale mais do que mil palavras se aplica muito bem a Valdemiro”, afirma Ronaldo Didini, ex-membro da cúpula da Universal e braço-direito de Santiago, que responde pela estratégia de mídia da igreja. Além dele, são dirigentes da Mundial um consultor financeiro, também ex-Universal, e três deputados eleitos no último pleito – dois federais (José Olímpio, PP/SP e Francisco Floriano, PR/RJ) e um estadual (Rodrigo Moraes, PSC/SP). “As coisas são cada vez mais rápidas e profissionalizadas na Mundial”, diz o pesquisador Ricardo Bitun, autor da tese “Igreja Mundial do Poder de Deus: Rupturas e Continuidades no Campo Religioso Neopentecostal”, defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso ocorre, em grande parte, por conta de um fenômeno conhecido como nomadismo religioso. Se durante muito tempo a Igreja Católica era a maior fornecedora de ovelhas ao rebanho pentecostal, agora esses últimos trocam de fiéis entre si. “Meu trabalho é o altar; meu negócio é multiplicar as almas”, diz Santiago, que também fatura com a crise de igrejas como a Renascer em Cristo, por exemplo, que perdeu em 2010 seus discípulos mais ilustres, o jogador de futebol Kaká e sua mulher, Caroline Celico.
A ascensão de Santiago ao olimpo dos líderes religiosos do Brasil começou a ser moldada em 1976, quando, aos 16 anos, ele se converteu ao protestantismo. Naquela época, o garoto revoltado e de difícil trato, que em Cisneiros cuidava de marrecos, arava a terra e colhia ovos de anu para fazer omelete, morava com um dos 12 irmãos na mineira Juiz de Fora. Nessa cidade, trabalhava como pedreiro e levava uma vida desregrada. Dormia muitas noites na calçada e era viciado em drogas – ele se limita a dizer que consumia “álcool e substâncias sintéticas em forma de comprimidos”. Até que um pastor lhe estendeu a mão e Santiago passou a pregar. Foi obreiro, pastor, bispo e membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos templos de Edir Macedo, atuou por 18 anos e se desligou em 1997, depois de um suposto desentendimento com o líder evangélico. Já havia, porém, decorado a cartilha de seu mentor. Pesquisador da área da sociologia da religião, Ricardo Mariano afirma que as crenças e práticas mágico-religiosas da Mundial são uma cópia da Universal. Tanto que até o nome da igreja de Santiago, Igreja Mundial do Poder de Deus, é uma evidente inspiração na primeira casa: Igreja Universal de Reino de Deus. Perspicaz, o religioso caipira foi beber da fonte que já havia sido aprovada pelo público. Tanto que, além de convidar parte da cúpula da IURD, atraiu também dezenas de pastores, prática que adotou até um ano atrás, quando membros da Mundial começaram a temer que houvesse “universais” infiltrados em suas fileiras.
No altar da igreja que fundou em 1998 Valdemiro passou a receber portadores do vírus da Aids, doentes de câncer e até cadeirantes desenganados pela medicina. As pessoas em cadeira de roda são, até hoje, um dos campeões de audiência. É comum encontrar no templo fiéis carregando para o alto cadeiras de roda, num gesto explícito de libertação. Em um programa no início de janeiro, o apóstolo protagonizou, via tevê, uma situação do tipo. Ao seu lado, caminhando, um ex-paralítico afirmava ter permanecido imóvel por 15 anos. A reportagem de ISTOÉ tentou contato com esse homem, mas membros da cúpula da Mundial disseram ser impossível localizá-lo, pois as fichas de identificação ainda não estão informatizadas e há muitos casos como o dele.
O pastor mineiro usa como nenhuma outra liderança pentecostal os depoimentos de enfermos e a evocação da cura divina. Juntos, eles provocam uma catarse espiritual. Os fiéis da IMPD fazem fila para testemunhar, no altar ao lado do apóstolo e com exames médicos em punho, que a medicina já os havia desenganado, mas que a intervenção milagrosa os salvou. “Na Igreja Mundial, o toque no corpo de Santiago é muito valorizado”, diz o sociólogo da religião Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo (USP). Aos 61 anos, a católica catarinense Aledir Lachewtz, 61 anos, levou fotos e roupas de sua tia octogenária que sofria com um edema pulmonar para serem abençoadas em um culto na IMPD. “Os médicos diziam que não tinha mais jeito”, conta Aledir. “Mas, depois das bênçãos, novos exames não apontaram mais nada. O apóstolo tem muito poder de cura.” Essa espécie de pronto-socorro espiritual, como define o teólogo Edin Abumansur, da PUC-SP, floresce de modo particular na Mundial. Enquanto Santiago prega, dezenas de placas com os dizeres “Aqui tem milagre” são levantadas por obreiros para auxiliá-lo. Selecionado previamente e de posse de exames médicos que revelariam primeiro a enfermidade e, em seguida, o desaparecimento dela – chamado na IMPD de “o antes e o depois” –, o fiel é alçado ao microfone ao lado do pastor. E é nessa hora que o líder da Igreja Mundial vira astro.
Do alto de seu 1,90 e 103 quilos (chegou a ter 153, mas emagreceu após uma cirurgia bariátrica, há oito anos), o apóstolo grampeia o rosto da pessoa contra o seu peito. Abraça, chora e grita, como fez com a mãe que atribuiu a cura de sua filha de 6 anos, que voltou a andar e a falar contrariando prognósticos médicos, segundo ela, à fé e às orações feitas na IMPD. “Esse Deus é poderoooso! Isso é para sacudir o barraco do cramunhão e botar pra baixo!”, berra o religioso. Ricardo Mariano, professor do programa de pós-graduação em ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e um dos maiores especialistas do Brasil em movimento neopentecostal, contextualiza: “A ênfase pentecostal na cura divina já tem mais de 60 anos e foi uma das principais responsáveis pelo crescimento desse movimento religioso na América Latina e na África. Desde então, constitui uma das iscas mais atraentes de potenciais adeptos aos templos.”
Além da eloquência com que evangeliza, Santiago ficou conhecido por usar chapéus típicos de quem se criou no meio do mato. Assim também é visto em seus finais de semana, que acontecem, como ele diz, às quartas-feiras. Nesses dias, ele se tranca em um sítio, em Santa Isabel, a 50 quilômetros de São Paulo. Lá, desfruta de um pesqueiro, da piscina e do campo de futebol, onde organiza e disputa campeonatos entre times formados por membros de seu ministério. “Mas o que gosto mesmo é de sentar na beira do rio, com minha varinha de pescar”, diz. “Sou um sujeito de pouca educação. É uma coisa de chucro, de caipira”, completa ele, uma espécie de Tim Maia do altar, que passa boa parte do culto distribuindo broncas em obreiros, cinegrafistas e músicos que o acompanham. “Ô, oreiúdo (orelhudo), abre passagem para a mulher chegar até aqui”, disse o chefe da IMPD a um pastor, no culto do domingo 9, provocando gargalhadas nos súditos.
Nem mesmo a esposa, a bispa Franciléia, com quem vive há 26 anos, e as duas filhas do casal, Rachel, 25, e Juliana, 23, que também trabalham em prol do ministério, escapam de seus pitos. O apóstolo também é conhecido por ser incansável na rotina de sua Mundial. Há dias em que nem volta para casa. “Tenho um quarto na igreja”, conta Santiago, referindo-se ao templo do Brás. “Em casa, tenho dormido três, quatro vezes no mês”, completa ele, que diz desfrutar, por noite, de apenas quatro horas de sono. Membro da IMPD, Fernando Trizi reforça o fato. “Antigamente, muitos fiéis dormiam aqui na igreja. E, algumas vezes, o apóstolo acordava de madrugada, descia do quarto e, de pijama, orava com eles.” Ao valorizar a ingenuidade e a simplicidade, o religioso prosperou. “O que chama mais a atenção é a emergência de uma autoridade religiosa pentecostal de expressão nacional negra, tal como o restante da cúpula da igreja”, diz Mariano, autor de “Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” (Edições Loyola, 1999). Ao contrário de outras neopentecostais de peso, como a Renascer e a Universal, que ficaram mais requintadas em relação ao público que as frequenta, prometendo prosperidade àqueles que também desejam ascensão material, a Mundial tem acolhido a classe menos favorecida, um aglomerado de gente humilde que não se identifica mais com as outras denominações.
Na IMPD, porém, essas pessoas enxergam em seu líder uma figura que, mesmo de terno e gravata e sob os holofotes, fala a língua delas. Foi por meio dessa habilidade inata que muitas personalidades deixaram para trás o passado sofrido e se tornaram notórias. “O Valdemiro é como o Silvio Santos ou o Lula. O camelô que deu certo, mas nunca deixou de ser camelô. O metalúrgico que virou presidente da República, mas não deixou de ser metalúrgico”, compara Bitun. O astro evangélico promete milagres como se contasse um causo. Apelo irresistível aos corações aflitos.
O Galileo|Pátio Gospel Noticias

Fonte:Patiogospel.com.br

Não é uma Brastemp

Certamente esse vídeo servirá de exemplo para milhares de brasileiros que não sabem lutar pelos seus direitos. Vamos divulgar para todos os amigos e contatos como prova de apoio por sua iniciativa, coragem e originalidade. E torcemos para que tratamento desrespeitoso para com os clientes, se acionada a Justiça, a emnpresa seja condenada também a reparação de Danos Morais, fixados em valor que sirva, realmente, como exemplo para evitar a reiteração do erro! Do descaso! Do desrespeito!

*Tenho um fogão Brastemp cuja tampa estourou do nada! Graças a Deus eu não estava cozinhando!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Evolução da Educação.

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não
precisa responder)
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

PS Mensagem recebida por e.mail sem citação da fonte

Angustia

Não sei porque...,
acordei angustiada,
é como se uma tormenta surgisse
no horizonte,
não sei o que ela pode me causar,
deve ser o que os marinheiros sentem
quando avistam no horizonte nuvens negras,
sem saber que rumo elas vão tomar,
também avisto nuvens no meu horizonte
nem sei o que é que há,
pode ser uma chuva passageira,
daquelas que refrescam e limpam a natureza,
e deixa um perfume gostoso no ar.
Mas, pode ser uma tormenta que aproxima,
e eu não sei o que ela pode me causar.
Penso em você...,
não tenho como te falar,
Na verdade nunca sei onde você está...
Não é sua presença física que falo,
é do seu querer, do seu amar,
é de você que eu preciso,
para me acalmar.
Se eu estiver com você,
não importa a tormenta,
nem o que ela pode causar.
Em seus braços me refugio
e, nada vai me atormentar...
No abrigo dos seus braços,
sempre eu quero estar.
Mas eu não tenho você,
Está longe, não há como te alcançar,
se te alcanço com a mente,
e te vejo em meu ser,
não me realizo,
preciso tocar em você!
È teu abraço que eu quero,
até minha angustia passar.
As tormentas são de minha alma,
a soluçar minha mente,
saudade do meu lar.
Meu lar é você, e é nele que quero estar.
Esta dor em meu peito,
parece que nunca vai terminar,
Só você com ela pode acabar.
Enquanto o tempo não passa e,
as nuvens a me ameaçar,
fico triste só querendo ver esta dor passar.
Só você tem a resposta...
Quando esta tormenta vai passar...
Talvez nem você saiba a resposta pra me dar,
Apenas acenas no horizonte dizendo; vai passar.
Juntos ficaremos...,
será?


Dione Fonseca ( Mamuzinha)

Inviolabilidade da casa, denúncia anônima e flagrante. Nulidade? Vídeo e sentença

Inviolabilidade da casa, denúncia anônima e flagrante. Nulidade? Vídeo e sentença


Anulei uma prisão em flagrante hoje, contaminando todo o processo.
Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões.

Segundo policiais militares ouvidos, uma ligação anônima informou que estava havendo tráfico numa casa de uma comunidade pobre. Os acusados não tinham antecedentes criminais. Disseram que pediram permissão para entrar e a dona da casa deixou. Começaram a vasculhá-la e encontraram 12g de crack e 30g de maconha. Ambos foram presos por tráfico e associação para tráfico de drogas.
Durante o processo se viu que não teria havido autorização para entrada na casa.
Laudos apontaram lesões corporais nos acusados. Os acusados alegaram que os policiais os torturaram. Um dos acusados confessou em Juízo que traficava.

Diante de um tráfico confessado, mas da origem anônima da denúncia que que motivou a batida policial na casa, surgiram os seguinte dilemas:
a) É constitucionalmente aceitável o flagrante que se originou de denúncia anônima, já que a CF veda o anonimato?
c) E se não fosse aceitável, acharam a droga lá. Isso legalizaria o flagrante?
d) Fazendo um juízo de alteridade, tal abordagem, da forma como aconteceu, se daria do mesmo jeito se fosse em um condomínio de luxo da cidade? A polícia entraria sem mandado somente com base num telefonema anônimo?
e) Qual a infração penal que teriam cometido os policiais se não houvesse drogas? Abuso de autoridade ou violação de domicílio (desconsiderando-se a tortura)?
f) Ficariam os policiais tentados a "achar" de qualquer maneira a droga, ou outro bem ilícito que justificasse o flagrante? Isso comumente ocorre nessas situações, em se tratando de pessoas das camadas mais humildes?
g) Deveria ter havido pedido de busca e apreensão ao Judiciário?

Segue sentença, também

A "Coisa"

A "Coisa"

É POSSÍVEL NATURALIZAR A CONSCIÊNCIA?

INTRODUÇÃO
A partir da pergunta “é possível naturalizar a consciência?”, orienta-se do presente estudo. A resposta para tal questão é orientada na obra A Redescoberta da Mente (2006) do professor John Searle (Universidade da Califórnia). Para tal elucidação, torna-se necessário apresentar a obra; produzida originalmente em 1972 e impressa pela primeira vez no Brasil em 1997, é dividida em 10 capítulos, que segundo o autor, entre suas várias metas, está iluminar as propostas que os estudiosos anteriores da Filosofia da Mente ou não conseguiram alcançar ou então mostravam erroneamente.

ANTIGAS CIÊNCIAS DA FILOSOFIA
O conceito proposto por John Searle acerca de consciência é bem amplo e como apontado na parte inicial da sua obra, será necessário explicar sobre Dualismo, Materialismo e Cartesianismo, que durante cinco décadas ou mais, foram às principais referências para os interessados na Filosofia da Mente. Segundo John Searle, os três campos que em épocas não muito distantes estudavam a Filosofia da Mente devem ser superados, pois seus pontos de vista só não eram discutíveis como errôneos.

Para respondermos a questão proposta, será necessário detalhar alguns conceitos que John Searle aponta em sua obra. Sua dedicação aos estudos de Filosofia da Mente apontava para mais de duas décadas de produção acadêmica e com base em debates e discussões feitos entre amigos, alunos e professores.

Neles - especialmente no dualismo – a princípio, o mundo era pensado em dois reinos, a saber, a mente que representava tudo que não tinha uma forma física e o reino físico, sendo apresentado como coisas com estado físico, podendo ser observáveis. Mesmo com os devidos cuidados que John Searle aponta que são necessários para quando se estuda o argumento de outros cientistas ou filósofos no tocante às interpretações destes, existia uma ideia da ciência que, outrora negando a existência (ou ignorando) da mente, prometia poder penetrar nela e descobrir uma caixa-preta com tudo aquilo que ela própria não conhecia, mas o autor aponta uma dificuldade da ciência, que ao tentar penetrar na caixa-preta da mente, ela encontrou mais caixas-pretas ainda, o que em um primeiro momento abriu caminhos para estudos que só não contrariavam seus estudos, mas apontariam novos caminhos para a Filosofia da Mente. Por naturalizar, na Filosofia da Mente de décadas atrás, o entendimento que se dava era tornar-se físico (p. 8), ou seja, reduzir a fenômenos físicos. Mas deve-se descrever a ideia deste conceito. Nestes termos considerados arcaicos por Searle, não existia explicações mais profundas acerca do que eram os estados mentais, embora fizesse mais de um século que estavam disponíveis para interessados no tema os estudos acerca da problemática mente/corpo, e resolvidos a partir desta data.

As antigas tradições materialistas, que enfatizavam principalmente o reino do físico e deixavam para segundo plano as teorias da mente e o Dualismo, da concepção corpo/mente ofereciam uma separação que em si, traduz uma problemática para a pergunta inicial desta pesquisa, pois era necessário se centralizar nas teorias físicas para responder as teorias mentais, estas, portanto, submissas a uma ciência que enfatizava a prática da observação, tão característica do Materialismo, mas muito arcaico quando se busca a complexibilidade do que é mental, quando não tem características de nada mental que os estudos posteriores indicarão.



CONTEXTAÇÃO DOS ANTIGOS ESTUDOS
A partir da concepção que indica John Searle, que cabe ao filósofo refutar as tradições concebidas em nossa sociedade, foi necessário introduzir, senão incorporar a noção de consciência, que era até então muito pouco valorizada. Na contramão dos eventos dos séculos anteriores, como a Ciência no Renascimento que observava o universo e reconhecia seus eventos por apresentarem-se físicos, a consciência estava exatamente nesta contramão, por ela em essência não se apresentar como algo físico. Alguns outros conceitos, como computação e símbolo eram muito pouco definidos. O estudo da consciência é importante por diversos fatos, como o estudo da consciência para se entender a mente e o comportamento (como o comportamento inteligente), que se origina da própria mente. As crenças e desejos, tão naturais para todas as pessoas de nossa sociedade são uma indicação da consciência, pois para se desejar algo é necessário ter a consciência disto. A ligação existente entre mente e consciência desprezada em épocas anteriores nessa mais recente abordagem ganha uma maior importância, pois a ideia de neutralidade nessa ligação não pode existir.



COMPORTAMENTO
A partir da ideia de John Searle que a mente é uma área de difícil estudo, devido à complexibilidades apresentadas, tanto nos seres humanos como em alguns animais com as suas características que se não ainda existe um consenso, abre um leque de possibilidades de algumas particularidades com os seres humanos. Pode-se imaginar a questão do comportamento, como o comportamento inteligível observado nos seres humanos e que confirma como o grupo humano tem essas características que os qualifica como conscientes de seu mundo, mas nós assim como os outros animais habitantes do planeta Terra compartilhamos de processos evolutivos de nossos cérebros; certos animais, por exemplo, apresentam um comportamento que são em casos observáveis semelhantes aos humanos, ou seja, nem tudo nos é compreensível (p. 39). Por outro lado apesar do comportamento que um rádio produz como a emissão de sons não os caracteriza como um comportamento digno de se assemelhar ao dos humanos, como indicado por John Searle, dificilmente em nossa sociedade alguém pode informar que um rádio ou mesa tenha consciência, embora esta afirmação ainda tenha vários pontos de atrito quanto aos outros animais. Filosofando, John Searle esclarece que se esse fosse o nosso limite, teríamos que conhecer os dois lados dele (p. 40), algo que também não possuímos.

Para a naturalização da consciência, é necessária a desconstrução do que a antiga Ciência da Mente defendia; a explicação de tudo que era material ou físico, através de partículas materiais, não era, portanto, aceita a ideia de um material imortal, que não tivesse sua concepção no mundo físico, um dos poucos casos talvez se deva ao universo da visão religiosa, no qual a crença da alma imortal alimente o imaginário dos fieis, negando assim a visão científica predominante, que não reconhecia essa visão religiosa. Uma das áreas também contestadas é a visão Behaviorista, que a explicação mostra seu maior vigor no comportamento; no Behaviorismo o comportamento pode ser um importante indicador das propriedades mentais. John Searle em seu estudo não aceita tal tese, e coloca a prova o exemplo do guerreiro superespartano, que pode ser compreendido com um soldado treinado para agüentar casos quase insuportáveis de dor e alterando a perspectiva que qualquer estudioso do Behaviorismo esperaria. Os desejos, ponto importante para a pesquisa do Behaviorismo também é confrontado por John Searle, como em casos que uma pessoa doente que não consegue se expressar e imagina um pedido, ou seja, sua característica comportamental não corresponde ao seu desejo interno.



CARACTERÍSTICAS DA CONSCIÊNCIA
Desse modo, percebem-se os vários problemas em estudar a consciência. A dor, por exemplo, pode ser um indicativo disso. A pergunta “na hora da dor, onde está a dor?” (p. 59) indica a complexibilidade da ideia de como a consciência se encaixa nisso e a contrariedade da dualidade mente/corpo, pois embora a dor pudesse estar em uma parte específica do corpo como em um dedo acertado por um martelo, a dor em si é uma característica mental no estado cerebral, e apresentando-se como uma característica mental está inclinado para a balança da mente na dualidade mente/corpo.

Existia, portanto, para o autor medo por parte dos Materialistas no tocante às ideias da consciência. E para um melhor entendimento do conceito de consciência, faz-se necessário a separação dos conceitos de mente e cérebro. Por cérebro podemos compreender todo o material que se encontra dentro da caixa craniana, comparando a relação do cérebro com a mente, seria próxima da relação existente entre um computador (como os caseiros) e um determinado programa que nele esteja instalado, o cérebro então estaria para o computador assim como a mente estaria para o programa. É claro, segundo John Searle que esta é uma simples redução, pois comparar a complexibilidade da mente com um programa de computador, um software, é reduzir e em muito as particularidades da mente humana. A naturalização da mente segundo essa tese não é possível (p. 76), pois seria explicá-la a partir de fenômenos físicos, e algumas ideias como a dor só pode ser expressa através dos estados mentais. O raciocínio é um processo puramente mental (p. 85) e sem ele, haveria pouca viabilidade para uma correta explanação do que seria a dor em si, entendida, portanto com um estado mental, localizada na mente.

A consciência como tal, que é encontrada nos seres humanos (e em alguns determinados animais) está presente na maior parte da vida das pessoas de um modo em geral, nesta afirmação equivale a dizer que sendo conscientes, todas as pessoas notam as suas intenções no mundo. A inteligência que é uma das características da consciência, que no decorrer da história dos estudos da Ciência da Mente questionava sobre como ela havia surgido, ou mais exatamente se partículas não inteligentes poderiam compor um conjunto que poderia produzir inteligência. A resposta é sim a partir de como essas partículas se organizam. Partículas organizadas pressupõem critérios de inteligência (p. 85) e reforçando esta tese, John Searle indica que os neurônios em si não são conscientes, mas a partir de sua organização no cérebro, mesmo sem apresentarem o aspecto da consciência apresentam-se como inteligentes, que em si indica que a inteligência é uma das características da consciência.

As teorias populares, criticadas pelo fato de apresentarem a verdade dos fatos, são por John Searle melhor elucidadas, pois se de fato elas não provassem a veracidade dos fatos elas não teriam sobrevivido, assim como a própria humanidade (p. 88), pode-se pensar no exemplo do conhecimento da altura do penhasco; se a teoria que qualquer pessoa fosse avançar alguns passos a frente poder-se-ia cair e morrer após a queda não fosse verdadeira, neste simples exemplo a própria humanidade não teria sobrevivido até os dias atuais, deve ficar esclarecido acerca de teorias mais avançadas, como a antiga visão da posição do nosso planeta no universo, pois como apontado por Searle pouco importa qual fossem às teorias populares, independente delas neste caso que mesmo se tratando de teorias mais avançadas não mudaria muito o cotidiano de pessoas comuns, mas onde a sobrevivência foi necessária, as teorias populares triunfaram. Após a instalação da ciência a partir da modernidade – essa, portanto uma ciência em moldes próximos aos nossos atuais – o senso comum começou a ter seu conhecimento baseado, pelo menos em partes, a partir do conhecimento cientifico (p. 95).

A consciência em si, é uma categoria que se apresenta sobre uma gama de determinadas variantes e assim também relativa ao ponto de vista de quem por nela centraliza seus estudos. Afim que se possa elucidar mais detalhadamente acerca da pergunta inicial deste estudo “É possível naturalizar a consciência?”, deve-se situar com a maior nitidez possível, as variantes do entendimento da consciência para que assim, a questão em si fique mais inteligível. Uma das variantes elucidadas por Searle é referente ao comportamento. Nas visões mais tradicionais que a ciência da mente tinha, era o vínculo que existia entre o comportamento e a mente, se, por exemplo, fosse colocada a prova o que estava acontecendo na mente bastava inicialmente observar o comportamento, pois este através de uma conexão pré-estabelecida indicaria a atividade mental. O autor aponta casos em que temos tanto uma situação ficcional como uma situação real. No exemplo apresentado na obra, um determinado paciente iria implantar na área especifica do cérebro partes de silício para compensar a parte original prejudicada. Com o passar do tempo devido à necessidade desse mesmo paciente teria mais partes do cérebro trocadas por mais silício, chegando uma hora a ter praticamente o cérebro todo de silício, em um teste que os médicos poderiam realizar fariam perguntas para o paciente para conferir se estaria tudo indo bem, ele poderia responder “sim” de forma consciente, mas internamente tentar responder ao contrário, mas não conseguir exteriorizar sua vontade. Pode-se imaginar também a situação invertida, com o paciente não estando bem internamente, mas sua voz ordenar que esteja tudo bem com ele. E situações assim não são tão ficcionais; na síndrome de Guillain-Baré o paciente pode ter uma comunicação perfeita com o mundo exterior, mas segundo foi relatado internamente ele (o paciente) poderia estar morrendo por dentro (p. 100). Outros exemplos de variação da consciência também podem ser destacados, como a noção do campo magnético que algumas aves sentem e usam de referência quando estão em fase de imigração, algo apenas possível para determinadas espécies de aves e não perceptíveis para os seres humanos, longe de algo consciente. Outro ponto destacado é acerca do aparelho gastrintestinal, que segundo apresentando em sua obra, ele é altamente inteligente (p. 121) e capaz de optar por funções conforme a necessidade física de cada indivíduo, não sendo necessária (nem possível, aliás) do consciente do ser humano para que o aparelho gastrintestinal precise funcionar. Mesmo sendo considerado inteligente o aparelho gastrintestinal, não se pode afirmar que ele é consciente, igualmente como se pode classificar como não conscientes uma caneta e uma mesa, pois estes não apresentam formas conscientes de comunicação com o mundo, no caso de algumas apenas de modo limitado.


INÚMERAS FORMAS DE CONSCIÊNCIA
São inúmeras as formas de consciência (p. 157) e ela pode ser também definida com um “liga/desliga”. John Searle usa o exemplo do sono. Ele próprio pode ser uma forma de consciência, pois quando uma pessoa dorme está interagindo com o seu sonho e em casos até mais intensamente do que estivesse em uma pacata e sonolenta atividade do seu cotidiano. Quanto a isso não se pode limitar a ideia que só é consciente quem está acordado, independente deste ou do estado que alguém esteja dormindo, ninguém é totalmente consciente (p. 125), pois existem diferentes graus de consciência. Os próprios cérebros causam consciência e a própria consciência é estudada pela subjetividade e consciência (p. 142). Descobrir qual o papel da consciência é algo que ainda precisa de mais estudos, pois ainda não é bem detalhada qual a relação que a consciência teve com a própria evolução humana e especialmente como se deu essa importante união que fez que alguns poucos animais, como o ser humano e umas poucas raças possuírem consciência. Outro caso a ser analisado é acerca de uma antiga teoria, que justificava que as plantas viravaM-se para o sol para sua própria sobrevivência, quase como um ato consciente; mas na realidade como descrito por John Searle as plantas não tem essa capacidade de consciência e sim reações biológicas próprias que mudem para determinadas direções, de forma a poder cumprir suas reações biológicas, necessárias a esses seres vivos. A religião em si com os seus seguidores são um caso importante de ser lembrado. John Searle descreveu uma cena que pode ser facilmente apreciada no cotidiano comum: certa vez ao viajar para a Índia ele ao conversar com praticantes de religiões locais, ouviu relatos de religiosos que insistiam que foram animais em outras vidas e que as teorias de John Searle não condiziam com a verdade instituída por eles. Acerca destas narrativas pode-se pensar que no caso da religião, possa existir na mente dos seguidores uma parte especifica um compartimento isolado (p. 134) em que estariam reservadas e independentes de outras áreas da mente, conhecimentos religiosos. Deve-se, portanto, separar que segundo as diretrizes científicas como a da própria Ciência da Mente, tais depoimentos de teor religioso têm pouca validade, embora a ideia do compartimento isolado não seja uma tese a ser ignorada, acerca também de uma visão que gerou duelos no Renascimento, entre a visão religiosa medievalista e uma visão que estava a se estabelecer com base em uma ciência ainda ampla para os padrões atuais, a visão de universo valorizava a matéria (p. 126), não é ademais inédito afirmar que a visão que a Terra fosse o único lugar do universo aonde existissem seres vivos e, portanto conscientes, mas contrário a esta ideia, devido à imensidão do universo, com seu incontável número de planetas, galáxias, estrelas e outras variedades, é muito provável que exista vida inteligente e consciente. Existe também uma lacuna acerca da reprodução da consciência, pois se esta é uma característica biológica como qualquer outra (p. 137) por princípios lógicos a reprodução da mesma poderia ocorrer por vias paralelas como ocorre à reprodução da fotossíntese. A consciência também se mostra subjetiva, mas aqui se deve esclarecer acerca desta ideia. A subjetividade é uma das várias características da consciência, prova isso com a frase de John Searle: “a observação é um ato subjetivo a realidade objetiva” (p. 146), nela podem entender-se as relações que o subjetivo e objetivo desempenham na consciência, enquanto pode ser objetiva uma vontade como, por exemplo, a preferência por um determinado tipo de alimento, o mesmo não se pode dizer com referência a dores; se uma pessoa ao entrar no carro tem a sua mão pressionada na porta do mesmo ela irá gritar de dor ou puxar a mão independente de sua vontade, a falta de sentimentos como nesse caso exposto mostra que a própria dor é subjetiva (p. 139). Além da consciência como afirmou Searle ser uma característica da mente, entre as várias que ela possui, uma que ele também destaca são os prazeres de natureza biológica, como o exemplo pessoal de seu cachorro que tem certa paixão por correr atrás de bolinhas como as usadas em esporte como tênis e o outro exemplo, de pessoas que possuem prazer de esquiar, enfrentando sem maiores problemas as dificuldades para o exercício de seu esporte como subir montanhas geladas, carregando esquis e seus equipamentos, para aproveitar poucos instantes de prazer que a descida proporciona. Não é obviamente a racionalização ou a inteligência que o cérebro produz no individuo que o induzirá a tais ações, mas sim o prazer biológico que nestes dois exemplos citados guiarão seus praticantes. A consciência, portanto não deve ser pensada como memorização, ou os atos de se memorizar, pois consciência possui características particulares, como a flexibilidade, sensibilidade e criatividade (p. 160), a simples memorização de fatos ocorridos na vida biológica de seres não acrescenta consciência como o próprio John Searle destaca, pois dos habitantes do planeta Terra é certo que nem todos os possuem, mas as características apresentadas acima indicam que são necessárias mais qualidades à mente, inclusive de conexão com o mundo e adaptabilidade às condições adversas em formas não somente biológicas.

A mente é empiricamente misteriosa (p. 179), isso equivale a dizer que embora existam inúmeros estudos que a mente é o enfoque principal, existe muita coisa ainda a ser descoberto e provado. No exemplo de John Searle, a mente poderia ser redutível aos processos do cérebro, desde que se considere que dentro do cérebro (parte biológica) temos o fenômeno da mente e na mente, uma de suas características é a consciência. Entre uma das formas de se comprovar isto está uma relação em paralelo traçado por ele com cadeiras, que em essência é o mesmo que uma coleção de moléculas, ao se reduzir uma cadeira para as menores partes que se tem conhecimento as moléculas confirmariam esta tese, e o autor acredita em tais orientações traduzidas para a redução que a consciência teria a partir dos processos do cérebro.

Outra ideia explorada por Searle é o ponto de vista que poderíamos ter sobre determinados objetos, como no exemplo de objetos em cima de uma mesa, o observador poderia afirmar sobre os objetos que ele estaria vendo, mas uma descrição mais detalhada como a impressão de cada objeto pelo seu ponto de vista desvincula-se da afirmação inicial, e esses objetos que ele estaria observando não teriam um ponto de vista (p. 189). Na realidade, a consciência possui um número limitado de modalidades, como verbos e imagens e isso equivale a dizer que ela opera pela sua própria simbologia no contato com o mundo exterior. No tocante as imagens segundo apontam os estudos, o córtex, que ocupa uma parte física considerável do cérebro, é a parte referente da visão que está reservada dentro do cérebro, e não coincidentemente, nossa visão é uma importante ligação com o mundo exterior, possivelmente o mais importante de todos os sentidos humanos. A intenção, quando se pensa nesta como uma das características da consciência, possui um papel destacado como na frase em que afirma que boa parte da consciência é intencional (p. 188) e essa intenção ajuda no prazer humano, como inclusive apresentado nos exemplos acima como do esquiador, que guiado pelos seus instintos e prazeres biológicos, exerce determinadas funções, como o ato de encarar subidas cansativas para satisfazer o seu prazer pessoal. Então se a relação prazer/intenção esta ligada dentro da própria consciência, existe ai uma ligação que ajuda a explicar determinados desejos que a consciência produz. John Searle aponta para outras modalidades da consciência, como a percepção, que por ele é apontado como a função da expectativa (p. 195), pode-se imaginar como exemplo uma pessoa que esteja à espera de uma determinada notícia, como a resposta da procura de uma vaga de emprego; ela por necessidade e outras atribuições, está ansiosa pela resposta, na expectativa de receber uma resposta (que se não for uma pessoa “negativa”, obviamente estará esperando uma sim) começa a treinar sua percepção, como no horário que esta resposta chegaria teoricamente se fosse ao horário da madrugada estaria mais provável que fosse um conhecido ou uma emergência do que a esperada resposta, que ficaria mais centralizada no horário comercial, sem a noção de percepção apurada, ele estaria ansioso em qualquer horário, sua ansiedade ou expectativa do telefonema seria muito parecida tanto na parte do almoço quanto em altas horas da noite. O estado de espírito também pertence a uma das modalidades da consciência; John Searle demonstra como no exemplo por ele apontado; de uma pessoa que vai jantar no restaurante e em sua refeição ele observa as demais pessoas do restaurante o observando insistentemente sem saber o que acontece, e embora este personagem do exemplo tenha consciência de tudo, como de estar ali se alimentando, de como chegou lá, do pedido de sua refeição e a própria noção de situação em si ele esquece que foi ali de cueca, tendo se esquecido de colocar suas calças, ou seja, ele esteve sempre consciente desde a saída de sua casa ao restaurante, mas contrariamente a tudo, ele no momento de se vestir não estava consciente. Pode-se pensar também em uma pessoa eufórica, mas que tenha tido um difícil dia de trabalho, sua euforia interna não condiz com suas atitudes na relação com outras pessoas, ou em outro exemplo apontado, como o caso do orgasmo, que pode ser tanto estimulado por um ato sexual ou por interferências clínicas, sendo que nestes dois casos, os praticantes podem estar em estados de espíritos bem diferenciados. A ideia de categoria também é destacada, pois a categoria só pode existir caso haja acontecido à experiência anteriormente, como num caso de alguém que poderia relatar do acontecimento de uma situação em sua vida, ela só poderia afirmar isso se tivesse a experiência anterior para fazer a referência. Outro tópico importante é apontado, como a consciência e inconsciência de certas transformações biológicas do corpo. Qualquer pessoa em plena sã consciência poderia descrever a sensação das roupas encostando-se em seu corpo ou da mudança de um determinado corte de cabelo pelas sensações pessoais, mas como pode ser a descrição dos cabelos crescendo ou das suas unhas no mesmo processo? São apontados também outros exemplos, como o ato de dirigir que em essência é um ato consciente (caso contrário a probabilidade de acidentes aumentaria consideravelmente), mas e se ao atender um telefone ao mesmo tempo de dirigir, não estaria deixando inconsciente mesmo por momentos curtos de tempo, o motorista? A consciência possui níveis de atenção (p. 199) como o atestado no exemplo acima, ou em outro exemplo como no caso de uma situação de dor, em que a pessoa que não sofre a dor possa estar em um estado inconsciente, mas ao sentir dor, como ao sentir a pressão de um martelo em cima do dedo ao tentar pregar um pedaço de madeira e acerca o próprio dedo, passar de instante do estado inconsciente para o estado consciente. Pode-se encaixar nesta ideia outra modalidade da consciência apontada por John Searle, a autoridade de estados mentais, no exemplo do individuo que por acidente acerta o próprio dedo poderia estar em um estado inconsciente ou mesmo consciente, mas independente de um ou de outro, ele por ocasião da dor iria imediatamente para o estado consciente que a dor provocaria e pode-se imaginar numerosos exemplos, como um aluno entediado com a aula (inconsciente), mas que com uma determinada fala se interessar e estar consciente, ou seja, se a consciência não é composta por somente uma, elas podem se sobressair, uma antes de outra ou uma acima de outra. A familiaridade mesmo com coisas desconhecidas é outra modalidade da consciência, como no caso de poder observar-se um elefante que apresenta formas que chamem muito a atenção pela sua exuberância (como um elefante de outra cor ou com o dobro do tamanho normal), independente da forma o elefante é um elefante (p. 193) e pelo fato de ser um elefante ele é familiar para seu observador, que neste caso já teria o conhecido anteriormente.

As noções que conclui Searle dos estudos acerca do consciente e inconsciente ainda não é nada clara (p. 218), ou seja, os estudos anteriores não chegaram a um patamar que pudesse explicar razoavelmente bem os conceitos de consciente e inconsciente e os novos estudos (o livro data de 1972) embora pioneiros em suas argumentações não conseguiram delimitar os territórios de modo mais eficaz. Acerca de importantes estudiosos do inconsciente, John Searle destaca Sigmund Freud, que embora trouxesse importantes estudos acerca do inconsciente faz referência a uma ingênua concepção de inconsciente e reitera sua afirmação ao não atribuir a Freud uma função verificacionista, cabendo ao psicanalista austríaco o de produzir seus estudos sem uma preocupação com a validade dos mesmos. Uma das definições da inconsciência é o estado mental consciente menos a consciência (p. 218), o que indica que tanto um como o outro podem ter algumas características em comum, que compartilham entre si e o conteúdo do inconsciente é acessível ao consciente (p. 230). Pode-se elucidar em um exemplo dado nesta obra; ao observador notar a presença de um carro, ele tem uma experiência consciente, este, por exemplo, pode ser classificado com um processo mental (entre os inúmeros que podem existir) que em princípio é algo pertencente ao inconsciente, mas que é um forte candidato a atingir a área destinada a consciência, positivando a relação que pode existir entre consciente-inconsciente, como nos processos neurofisiológicos existentes no cérebro (p. 232). A dor inconsciente como relatado anteriormente pode provocar o despertar de uma pessoa, fazendo-o transitar do estado inconsciente para o estado consciente inclusive em um curto espaço de tempo. A consciência pode ser classificada também como uma coesão de percepção de estados e eventos, ou seja, uma pessoa consciente possui capacidade de perceber através de seus sentidos os eventos e também dos estados a sua compreensão, como uma chuva prestes a cair ou um dia de sol muito forte, em que o calor excessivo pode provocar sensações como o cansaço. Embora esta ideia se aplique ao consciente, ao inconsciente ainda não possui uma noção unificada (p. 247), o que se propõem a dizer que os mecanismos de compreensão do inconsciente ainda é incompleta neste sentido. A representação lingüística aqui por John Searle é bem aprofundada; no qual ele afirma que qualquer representação lingüística é sempre incompleta, pois dependem de vários fatores, como o sentido da própria representação, a variação lingüística, modo de interpretação, receptor da mensagem etc.

A consciência, enfim, possui um papel de destaque quanto aos seres humanos, a saber, a própria sobrevivência. A consciência do mundo que cerca os seres humanos é mais que as adaptações biológicas que os outros animais deste planeta possuem. As reduções que os futuros estudos irão produzir no sentido de tentar reproduzir a mente enfrentarão dificuldades que só posteriormente vai se descobrir seus efeitos. Mas devem-se ressaltar alguns pontos como apontado por John Searle. O sistema binário, no qual é a base de informação dos computadores pode também ser reproduzido por animais (p. 294), como em uma sequência de pombos treinados para produzirem um determinado movimento quando seus bicos tocarem alguma superfície como, por exemplo, que reproduzam algum tipo de som. Embora os estados computacionais sejam originais da Física, pode-se aplicar uma interpretação computacional ao cérebro (p. 322), mas diferente do processo de informações que é próprio aos computadores. Quando um computador pilota um avião isso não deve ser considerado um estado consciente, pois a realização de tal ato pelos computadores em si é anteriormente programada, caso haja neste exemplo alguma ocorrência fora dos processos de informações que o computador recebeu poderia transformar-se em uma tragédia, caso um piloto humano consciente não estivesse por lá para solucioná-la.

Deve-se por parte do pesquisador, filosofar sobre as influências – inclusive pessoais – que poderá enfrentar em sua pesquisa, como enfatizado pelo autor. No exemplo que elucida sobre o ato de bombear sangue que o coração produz (p. 340), o pesquisador que neste caso especifico também é um influenciado pelo seu próprio coração, deve se afastar de opiniões que nesta função descrita do coração, direcione seus estudos de modo não satisfatório ou influenciado. Não se pode deixar guiar pela opinião que só pelo fato que o coração bombeia sangue nas veias e artérias do corpo que essa é a única e especifica função dele, outras conclusões como o ato de bombear sangue faz parte de uma das atividades do coração e não somente em sustentar a vida humana (ou animal) pode trazer resultados mais satisfatórios, devido a uma maior liberdade de pesquisa nos resultados que se procura. Outro exemplo é o da visão (p. 343), nele Searle elucida acerca de não ser um processo mental, e sim o aparelho visual humano que leva imagens à mente e estas são processadas, pelo inconsciente e consciente conforme a particularidade do observador e receptor das imagens. A mente humana segundo o autor trás ainda muita confusão (p. 353) e serão necessários muitos estudos (o livro data de 1972 a sua versão original) para conseguir alcançar um patamar que resolva razoavelmente bem as dúvidas como apontadas por John Searle em sua obra. Em um interessante exemplo, ele esclarece sobre como eram solucionados os problemas na época de publicação de sua obra: ele chama de metáfora do bêbado, em que ele ao retornar para casa perde no quintal de casa as chaves da porta da entrada, pelo fato de ser no mato do quintal, o bêbado procura no asfalto, que recebe melhor a luz para procurar suas chaves, ou seja, segundo Searle a solução para as dúvidas apresentadas em seu livro como outras que irão surgir devem ser resolvidas não somente nos campos que se julgue o mais adequado para a pesquisa (o asfalto iluminado), mas sim onde ele pode ser mais bem resolvido e onde ele em sim apresente o problema (no quintal). A metáfora, portanto, pode nesse simples exemplo resolver uma questão que perdurava por muitas décadas, e na parte onde menos se esperava achar a resposta, estaria.



CONCLUSÃO
Em suma, para responder a questão que serve de guia para está presente obra “É possível naturalizar a consciência?”, é necessário fazer os devidos apontamentos.

Destarte, a ideia da dualidade mente/cérebro que foi a base dos estudos da Filosofia da Mente e originária de uma visão de mundo cartesiana, deve ser superada para satisfazer a questão da naturalização da mente. Segundo o autor, essa dualidade não pode ser levada como satisfatória, pois existem elementos desses dois pólos – mente e físico – que ultrapassam essas fronteiras antigas. O físico pode ser encontrado tanto no não físico e vice-versa.

Devem-se destacar as múltiplas variedades que a consciência possui e os aspectos apontados de estudiosos como John Searle que a separam da inconsciência, assim também como os estados mentais encontrados nos seres humanos e poucos animais que possuem os estados mentais conscientes, também em nossas ideias através de estudos que chegamos à constatação da consciência (estudo da consciência pela própria consciência).

A partir dessas reflexões propostas por John Searle, a consciência em si já está naturalizada, pois se entendido que o ato de naturalizar é tornar físico como a própria consciência, então ela em si é natural. Com base no rompimento do argumento das antigas concepções da Filosofia da Mente, como o Dualismo e Materialismo, a separação consciência e físico deixa de possuir barreiras especificas. A consciência passa a se naturalizar, pois, os aspectos físicos são encontrados na consciência, assim como os aspectos não físicos igualmente são encontrados no campo físico.



BIBLIOGRAFIA
SEARLE, John. A Redescoberta da Mente. São Paulo: Martins Fontes. 2006. 388 p.

Fonte:http://www.consciencia.org