sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Claudia Alencar se arrepende de ter apoiado o PT. que acabou com a verdadeira esquerda. Vote Nulo!

20 PERGUNTAS com Cláudia Alencar

01 - Como foi no início? Onde você nasceu, qual foi sua formação acadêmica...
Sou Paulistana, filha de pai sociólogo, jornalista e mãe bióloga. Fiz um ginásio de ponta “Ginásio Estadual Oswaldo Aranha” onde aprendíamos, teatro, artes plásticas, marcenaria, economia doméstica, práticas comerciais, além das matérias normais estudando em equipe. Essa alegria abriu minha mente para as artes e para a alma. Cursei Ciências Sociais até o terceiro ano USP e terminei a Escola de Comunicações e Artes da USP, como Bacharel licenciada em teatro. Cursei mais 3 anos de Pós Graduação, na USP, terminando créditos até doutorado, mas não terminei a tese resolvendo voar para os palcos. Antes dei 5 anos de aulas Artes Cênicas para Faculdades e ensino médio e fundamental.
02 - Pelo que andei me informando, você chegou a trabalhar na área acadêmica chegando a lecionar para o ensino médio e universitário. Como foi esse período pra você? Você realmente achava que a área acadêmica era sua realização profissional?Tinha medo de não poder sobreviver como atriz, por isso achava que lecionando teria mais estabilidade financeira, mas não sabia que o sonho é que nos traz vida e abundancia econômica. Descobri meio que empurrada pela vida, pois o diretor da Escola que lecionava tirou a cadeira de teatro alegando que eu estava fazendo muito sucesso e distraindo os alunos... pois é. Mas graças a esse empurrão do destino tive coragem de fazer umas fotos com uma amiga e apresenta-las na TV Cultura onde Antunes Filho realizava o Teatro da TV Cultura. Quando ele viu meu currículo universitário (normalmente os atores não estudavam tanto) me deu a peça do Domingos de Oliveira para Ler: “Somos todos do Jardim da Infância” e mandou eu escolher o papel! Eu, que nunca tinha feito TV. Trabalhava em pesquisa teatral no IDART, e tinha um grupo de vanguarda de teatro. Mas protagonizei com Antonio Fagundes, o especial – não fiz feio, mas não me coloquei inteira cheia de medos, claro – mas deu certo e comecei a partir daí a fazer teatro e TV simultaneamente em São Paulo até ganhar o Premio Governador de Estado como melhor atriz.
03 - E quando e como se deu a mudança para ser atriz? Como foi esse início na arte de representar?
Dizem.... meus colegas de ginásio, que eu já fazia teatro lá, era ótima atriz, etc... (eu fui campeã de ginástica olímpica pelo Estado de São Paulo e de Hand Ball, mas teatro???), mas nem me lembro. Lembro que sempre escrevi e pintei, mas teatro?? Aos 17 anos é que me deu um estalo e queria fazer Escola de Arte Dramática, pois já tinha visto Arena Conta Zumbi, Galileu Galilei, Selva da Cidade, do teatro Oficina e Arena e disse pra mim que era aquela vida que eu queria... Estar no palco fazendo arte! Encantando!. A Escola de Arte Dramática era de nível secundário e meu pai ficou furioso, por eu não querer cursar faculdade: discutimos muito até culminar com um tapa na minha cara e suas palavras: "você não é prostituta e tem muita personalidade. não vai ser atriz!" Pobres das atrizes da época que sofriam preconceito mesmo com homens esclarecidos como meu pai.


Mas tudo está certo na vida. Fiz belas faculdades que me deram o estofo intelectual que todo ser humano deve ter e parti, com 25, para ser atriz. E precisei mentir a idade... dizer que tinha 17 anos para Carlos Zara da TV Tupi, a conselho de outro diretor Calmon que tinha me descoberto. Já aparentava menos idade naquela época..... Era só fechar a boca universitária e fingir ser menininha... Comecei na TV Tupi com Edwin Luisi como galã, e no Teatro com Marcio Aurélio (um dos maiores diretores de teatro contemporâneos, hoje em dia) com “A Banda de Najas” de Alcides Nogueira, hoje grande autor da TV Globo. A Tupi faliu e fomos todos para a Bandeirantes com anovela "Um Homem Muito Especial" de Rubens Edwald Filho, com Bruna e Ricelli nos papeis principais , mas eu com a personagem Alcina fui um dos maiores destaques, fazendo uma cigana e aí sim a minha estrela despontou com todas as cinco pontas e não parou mais de brilhar.


.... No meu emprego no IDART – que era o que pagava minhas contas fui mandada embora, por minhas amigas .... mas nesse momento a Bandeirantes me chama e a partir daí vivi só de meu sonho: ser atriz e mais tarde poeta. O Destino mais uma vez me manda embora e me coloca no meu caminho de atriz. Eba!

04 - Soube que você passou por um período difícil na época do regime militar. Por fazer peças que criticavam esse regime, você chegou a ser presa e torturada. Ficou algum trauma? Faria tudo novamente e da mesma forma?No intervalo – no almoço - entre Ciências Sociais e Comunicações, na USP, eu fazia teatro de guerrilha pela Universidade e nos bairros de SP. Era filiada a ALN, mas abominava seus métodos de guerrilha. Na verdade queria fazer teatro e estar engajada no movimento contra a ditadura e foi aonde achei lugar para fazer o que queria. Fui presa quando dava aulas e já tinha saído das faculdades. Torturada cruelmente aos 21 anos e ameaçada de morte me arrependi: não queria morrer pela pátria amada. Só morro pelos meus filhos. E hoje em dia agradeço por não ter morrido por uma causa falida. Coloquei todos meus amigos no poder e o que eles fizeram? Assaltam a mim e a meu povo. A corrupção é enorme e estamos de mãos atadas. Mas na época era o que nos restava fazer... o mundo inteiro mudava e nós éramos os bandeirantes dessas mudanças tanto políticas, como sexuais, morais e intelectuais. 

E ainda somos. Não há mais velhos como antigamente, abrimos comportas intelectuais, artísticas, morais, culturais e o que vemos hoje é cópia do que criamos em todos os campos, menos o tecnológico, mas que no caso são só ferramentas, para acessar os mesmos conteúdos, embora a internet, a meu ver seja a grande revolução desses tempos modernos.
05 - O que era mais difícil de aceitar naquela época do regime militar (tanto como pessoa quanto como atriz)?A gente tinha muito medo. Eu sofri de pânico dos 19 aos 29 anos, sem saber. Sofria calada... fruto do medo. Nós não podíamos nos reunir e falar o que pensávamos. A censura da imprensa, da arte, e nós fazendo teatro através de metáforas – o simples verso de Ponteio: “Quem me dera agora ter a viola pra cantar” viola não era viola, era uma arma, “que me dera ter poder, ter uma arma e acabar com essa situação”. Era canto de guerra, além das musicas do Chico, Vandré, o teatro de Guarnieri, eu fazendo teatro Jornal com a turma do Arena, todos fazíamos algo para driblar o clima de horror e boca tapada. Fui da primeira diretoria do Sindicato dos atores de oposição tendo Lelia Abramo como Presidente. Nós fizemos Brasília aprovar a nossa regulamentação da profissão, porque até a década de 70 éramos todas prostitutas, sem lei. A ditadura acabou com o incrível Ginásio moderno que estudei, rasgando todos os papéis e impondo um ensino tradicional que persiste até hoje. E hoje em dia nos organizamos GVIVE, pra que o ensino volte a ser mais abrangente como foi o nosso, luto para que tenhamos o ensino que tive e não esse que ensina coisas que não vamos utilizar na vida prática nem teórica. Cadê filosofia nas escolas?

06 - Você fez sua estreia na TV (Cultura) em 1975, num teleteatro com Antunes Filho. Como foi isso, essa estreia para a TV?
Ainda tinha um pouco da Cláudia politizada ou você estava centrada apenas na sua arte de interpretar? A Cláudia atriz/política se manifestou na greve da Tupi, onde convoquei os atores a fazer greve já que não nos pagavam há mais de 3 meses. Isso me custou a cabeça, mas a Tupi faliu antes que minha cabeça fosse cortada. Sorte! Como atriz, na TV Cultura fazia meu papel no ar, e discutíamos política fora do ar, com Antunes e o pessoal do teatro.
07 - Foram 23 peças, 28 novelas e 9 filmes. E qual você ganhou mais experiência, mais prazer e mais reconhecimento? Dá pra optar entre cinema, teatro e TV? [E 3 livros de poemas publicados. Estou terminando o quarto livro.]
Não fui muito feliz na maioria dos filmes que fiz. Não sou da panelinha deles e os que fiz não me orgulho de nenhum, infelizmente. Mas adoro fazer cinema. Me encanta todo o processo. Queria fazer mais. Hello rapaziada do cinema, I’m here guys!!! No teatro tive magníficas experiências e muitos aplausos. Muitos. Com Marcos Nanni, Paulo Autran, Cleyde Yaconis, Leilah Assumpção, Bibi Ferreira, Miguel Falabella, etc... e teatro tem uma coisa forte: toda vez que faço uma peça, o que acontece com a personagem acontece comigo na vida real....(louco isso) a gente fica falando aquelas falas - tooooodas as noites - com toda a verdade e emoção e que atrai!!! Por exemplo: fiz uma menina que queria fazer tv, a todo custo: a Globo me chama, para protagonizar minha primeira novela lá e não pude aceitar, porque a peça iria estrear dali a 15 dias. Não iria deixar meus colegas na mão. Fiz outra em que a personagem descasava: descasei.... depois "A Partilha", do Falabella, onde a mãe já aparece morta – pensei... mamãe vai morrer. Isso foi em setembro. Mamãe morreu em fevereiro e passou 3 meses no hospital e eu fazendo a peça e vendo o caixão da mãe morta. Tortura pura. Dia seguinte de sua morte eu estava no palco. Ai tive a certeza que nasci atriz. O amor de minha vida era mamãe. E todo ator, o verdadeiro ator, é uma estrela. Veio dela. Quando morre vai para o céu enfeita-lo. Quando reencarna desce a terra e fica aquele buraquinho no céu esperando-o. Faço parte dessa família estelar. Minha ancestralidade.
08 - Ainda é difícil fazer teatro e cinema no Brasil? O que os tornam mais difícil hoje em dia?
Não consigo patrocínio, para meus projetos teatrais há 5 anos. Há muita corrupção e dificuldade de captar patrocínio. Muitos favoritismos. Até Fernanda Montenegro diz que faz o teatro do possível: o monologo... E nem eu estou conseguindo fazer. Está cada vez mais difícil, ainda mais porque antes a classe artística era unida em todos os sentidos: objetivos artísticos, sindicais, comunitários, queríamos fazer arte e não sair em capa de revista, nem ser flagrados na praia tomando sorvete. Tínhamos como objetivos mudar o panorama cultural do nosso pais. Hoje todos estão dispersos, as televisões pulverizaram, não há consciência de classe artística, cada um luta por si, apareceram os empresários que lutam por grana e não por arte, ou por entretenimento, bons entretenimentos, mas não uma mudança ou experimentos artísticos. E a globalização que nivelou tudo por baixo. Está difícil, garoto.
09 - No início do ano com o lançamento do filme sobre o Presidente Lula, a atriz Glória Pires chegou a ser criticada, inclusive por alguns atores, por ter aceitado atuar num filme que indiretamente poderia servir para influenciar os eleitores num ano de eleições. Você concorda com as críticas? Aceitaria atuar num filme como este?Não aceitaria, porque sei que influenciaria o povo que não tem instrução, coisa que poderia decidir com mais propriedade. Ainda bem que não vou levar esse karma.


10 - Pra você um ator reconhecido pelo público deve ou não se pronunciar politicamente?Se ele acredita no candidato claro que deve se pronunciar! A gente não faz campanha de shampoo sem acreditar? O difícil é que não acreditamos mais neles...
11 - Teoricamente um ator deve estar preparado para fazer tudo por seu personagem. Você já chegou a fazer algo que foi de encontro com seus princípios? Já se arrependeu de algo? Existem limites para um ator?Contra meus princípios jamais! Jamais. Você fazer propaganda para um regime fascista é um limite para o ator. Fazer campanha para drogas. Eu nunca fiz comercial de cigarro, nem de bebidas e já fui convidada. Nunca apareci fumando na TV. Bebendo uma vez em 35 anos de carreira. Quando estava há 2 anos sem trabalho, numa época, o Garotinho me convidou e alguns artistas a fazer campanha para suas obras, 70 mil reais. Eu precisava muito. Recusei. 2 filhos para criar, aluguel, contas, mas recusei... não teria cara de pau, tenho princípios, tenho alma a zelar. Minha alma adoeceria.
12 - Você interpretou grandes personagens na TV, mulheres marcantes em novelas bem populares na Globo, como a Patativa deRoda de Fogo, a engraçada Amapola do Quinto dos Infernos, a Epifânia de Porto dos Milagres e a premiada (ganhou o Prêmio Qualidade em 2000), Laura de Esplendor. Qual sua personagem mais querida? Qual a mais marcante?
Adorei a Patativa, D. Laura em Tieta, Perla Menescal na Fera Ferida – adorei – D. Laura. Ephifania. Todas da Globo amei fazer. Me entregava toda. Inteira. Arrepiava no estúdio. Dava minha alma. Numa novela das 6 do W. Negrão cheguei a ter 2 herpes recidivas, porque o personagem chorava muito, sofria demais... Não tenho UMA mais querida, mas essas são super queridas. E a Teresa em Prova de Amor da Record adorei fazer... Adoro representar, estar no palco, viver outras vidas, sentir rir, comédia... porque drama já viu..., incorporo e me machuco.


13 - Foi justamente na época de Patativa em Roda de Fogo que você posou para PLAYBOY, em março de 1987. A Patativa tinha um forte apelo sexual, o que criou essa imagem de símbolo sexual. Como foi posar para PLAYBOY na época? O que representou pra você? Tem orgulho desse trabalho?Patativa era uma criança, para mim. Uma mulher alegre, amorosa que queria casar, doida, apaixonada pelo Tabaco, acho que daí vem a sensualidade dela. Natural. A sensualidade do amor, da paixão.A alegria tem sensualidade. Eu era natural. Uma mulher apaixonada pela vida e pelo seu homem. Dava nessa mulher sensual, ms naturalmente. Posei pra a PLAYBOY, porque precisava do dinheiro estava só no Rio tinha vindo da SP. E todos me consideravam “a gostosa” coisa que nem sou... e os papéis para teatro e cinema se restringiam a isso e não podia aceitar. Posso ficar sensual..., mas não sou.... Sou uma mulher contemplativa, serena, na minha, mas tenho que representar esse papel, agora, até na vida real!!! Posar pra PLAYBOY foi punk. Não é fácil tirar a roupa e fingir que está tudo bem. Saí dançando, não fiz caras nem bocas, fiz o que gosto de fazer, dançar. Bob Wolfenson ia clicando e eu dando uma de Isadora Duncan. Assim resolvi o impasse. Dançar como Isadora, uma das minhas musas da vida.
14 - Você fotografou com o craque Bob Wolfenson, que agora fotografou Cleo Pires. Como foi fotografar com o Bob?Ele tinha feito uma fotos pra mim, para a Revista Nova e saíram lindas. Nunca tinha me visto tão linda assim....rs rs rs Ai escolhi o Bob em vez do Duran que era o que fotografava mais na época. O Bob nem era o máximo... mas eu já conhecia e foi mais fácil. Ele me deixou fazer o que queria. Colocou Janis Joplin cantando Ne me quite pás, aí enlouqueci lucidamente dançando.
15 - Pra você a nudez foi algo difícil de se lidar? Existia algum tabu com relação a nudez? O corpo nu pode e deve ser usado como expressão da arte, seja no teatro, cinema ou fotografia?Claro que sim. O nu é lindo. Mas depende como o tratamos. Devemos dar alma a ele e não mostrar suas partes feito carne de açougue. Devemos recheá-lo de conteúdo de por quês e não deixa-lo solto feito gado no pasto. A alma se mostra através do corpo com arte.
16 - Roda de Fogo foi sua estreia na Globo, onde você passou 20 anos. Antes você trabalhou no SBT e hoje você está contratada da Record. Existem grandes diferenças em atuar em novelas destas 3 maiores redes de TV no Brasil? Em algumas delas você se sentiu mais realizada?
Fiquei mais tempo na Globo e é natural que tenha me sentido mais realizada lá por ter feito mais trabalhos, mas também não é fácil trabalhar numa emissora tão poderosa. Muita responsabilidade, invejas, poder, etc... A Record tem me dado alegrias, porque o ambiente de trabalho o esforço de equipe e toda a garra que temos em vencer é muito amorosa. Gosto muito de estar lá. Muito. E adorei os trabalhos que fiz lá. Gosto de estar numa emissora desde o início... O SBT foi uma passagem. Uma só novela.
17 - Alguma preferência por algum papel? Papéis sensuais te incomodaram em algum momento? Você se sente melhor no drama ou na comédia?
Adoro comédias... , mas gosto de um drama. Desculpe, mas é assim a resposta. A comédia me faz ficar tinindo, mudar meu ritmo, me desafia em fazer o meu melhor, me faz pensar mais na técnica, na precisão das palavras, no andamento da ação, porque é muito difícil fazer rir, dificílimo, mas o drama sou eu... eu me encontro lá... e me desafia em ser comedida, técnica. Mas no frigir dos ovos.... fazer comédia é melhor para a minha vida. Saio leve... sem herpes rs rs rs


18 - Você chegou a escrever livros sobre o universo do teatro e três livros de poesias. Escrever pra você é mais uma forma artística de se expressar ou uma forma descompromissada de relaxar? Pretende voltar a escrever?A arte me salva. Escrever me salva da minha loucura, da minha lucidez. Me equilibra. Me dá consciência. Me faz pensar e penar. Quando a dor é muito grande na minha vida não escrevo. Pinto. Pinto. As cores, as links me acalmam. Estou terminando meu quarto livro de poesias. Sem nome ainda. Chamo de IN-éditos. E tenho diários desde meus 12 anos. Escrevo diariamente. Temos a vida da mulher moderna passo a passo. Preciso de um patrocínio para passar para o computador e devolver à vida, minha vida, como Anais Niin fez. Um dia, quem sabe? Escrevo num caderno de assinaturas, com uma bela caneta que Egberto Gismonti me deu, que os maestros criam suas musicas nas partituras. Sinto-me fazendo musica. Gosto de caligrafia... Também escrevo no computador.... na verdade é o que irei fazer depois do livro. Vai simplificar tudo. rs rs
19 - Professora, atriz de teatro e TV, poetisa, design de joias e pintora (pintou 11 telas para um dos seus livros)... O que falta você realizar? Quais seus planos futuros?Quero fazer meus espetáculos autorais: “A Procura de Deus”, espetáculo filosófico que fala sobre as a provas da existência de Deus, mas de uma maneira alegre, bem humorada com cinco filósofos provando que Deus existe e três escritores americanos provando que Deus não existe. Vou brincar com isso, através da mágica, com danças e cultos. Vai ser bacana. Mas falta patrocínio... ai ai ai. Outro espetáculo da autora Betty Milan “A Brasileira em Paris” e um outro espetáculo, autoral, que fala da minha vida através das minhas poesias e experiências pessoais, onde canto, danço e passo minha experiência, alma, corpo, para as mulheres que ficam loucas quando me vêem: "Como vc, com essa idade??? Assim???" Hello! Geração 68 à postos!! Desbravando caminhos como sempre! 
20 - Cláudia, você passa a um ar sempre jovem, dinâmico e de bem-estar. Qual sua receita, se é que ela existe, pra tudo isso? Como passar pelo tempo e se manter sempre bela e ávida pela vida?
Paixão. Esse é o segredo. Paixão por tudo que faço. E me sinto criança, menina ainda em floração, amadureci, não sou fruta, mas dei uma amadurecidinha, criei filhos sozinha, vivo só da profissão e dos meus livros, nunca fui de panelinha, nem recebi favores. Sou uma representante da mulher contemporânea de fibra e caráter como fui criada. Meus filhos são bem melhores que eu, que foi meu objetivo de vida e meu corpo de 30 devo a muita disciplina mental e espiritual. Tenho paixão pela minha alma e é ela que cuida do meu corpo, para poder viver mais! Sou uma milionária de alma.

A Cláudia, esta delicada e forte mulher, nossa eterna admiração. E nosso muito obrigado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.