sábado, 16 de outubro de 2010

Desilusão



A natureza e o menino




Da arvore colhe o fruto
Nos lábios escorre o sumo
A boca pintada de fruta
Nos olhos o riso
Na boca o sabor
O corpo da arvore o perfume
Lembranças de dias passados
Quando em criança feliz vivia
Hoje terra seca
Onde outrora abundancia tinha
Veio o lenhador soja ali plantou
Depois veio a indústria e canavial virou
Hoje a penas deserto inóspito ficou
Veio o sem terra e a terra tomou
Um dia levantaram acampamento
O industrial não voltou.
Aconteceu o desemprego
O homem pra cidade mudou
Hoje olho a paisagem dos meus tempos de aurora
Dói minha alma ao sentir o sumo
Da fruta doce escorrendo
Saudades de minha meninice
Frutas esquecidas que meus netos não terão
Hoje historias de um tempo que não tinha poluição
O presente só mostra efeito estufa e poluição

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